O pecuarista Júnior Ribeiro, de Camocim do São Felix (PE), criador de nelore e angus, entrou no mundo dos cães de pastoreio após perceber a funcionalidade desses animais na lida
Ele defende a importância dos cães de pastoreio e resolveu investir em um animal com genética excepcional. E ele achou o Radar, border collie mais caro do mundo, brasileiro, com cinco anos. O recorde de preço anterior pertencia à cadela Megan, da Inglaterra, por R$ 107 mil.
De 6 mil a 160 mil
Radar chegou às mãos do antigo dono, o treinador Adonis Colombo, ainda filhote e ficou apenas 30 dias, sendo vendido a um pecuarista da Bahia que iria recriá-lo na fazenda e depois mandá-lo para ser treinado.
Quando finalmente Radar voltou para o centro de treinamento, em Durandé (MG), apresentou um desempenho acima do normal. Ele ficou pronto para competir em provas com apenas quatro meses de treinamento, quando o normal é com mais de 10 meses.
Adonis disse ao então dono que ele tinha um cachorro excepcional, e para sorte de Adonis, o dono não tinha noção do tanto. Ele me perguntou se eu queria comprá-lo. Adonis pagou por R$ 6 mil.
O treinador conta que vender o Radar foi necessário para valorizar tanto o animal quanto o pastoreio nacional. Ficou acordado entre eles que o animal continuaria em Minas Gerais, sendo treinado para provas, pois ele ainda é novo.
Retorno de Investimento
Colombo conta que precisava de um animal que servisse de portfólio para o centro de treinamento. Segundo ele, alguns cães correspondiam em um quesito, mas em outro não. Lidavam bem com boi, mas não tinham a sensibilidade para os ovinos. Segundo ele, Radar ajudou a levar o nome do CT ao mundo, sendo campeão de diversas provas.
O novo proprietário terá retorno financeiro significativo principalmente através da genética do animal. O proprietário está colocando em prática o ‘Radar Project’ que será iniciado nos EUA, visando estocar material genético não só para o Brasil, mas para o mundo.
Além disso, mais de 80 filhotes de Radar já estão espalhados por vários estados brasileiros e por países como Estados Unidos, Colômbia, Argentina e Bolívia.
Fotos: Eduardo Andrade