Estudo detecta que a diferença entre quem tem acesso à internet de qualidade nas cidades e no campo é menor que a média regional
Cerca de 72 milhões de pessoas que vivem em zonas rurais na América Latina e no Caribe não possuem acesso à internet de qualidade. Dessas, 13 milhões estão no Brasil, mostra um levantamento realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em parceria com Banco Mundial, Bayer, Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Microsoft e Syngenta.
O estudo contém dados coletados em 26 países da região entre 2020 e 2022 e, de acordo com o documento, 79% da população urbana dos países latinos e caribenhos analisados contam com serviços de conectividade significativa. Para a população rural, esse índice é de 43,4%.
Alguns países, como Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Panamá e Costa Rica mostraram avanços em relação ao levantamento anterior, mas ainda estão atrasados em termos de conectividade rural, mostra o estudo.
A diferença entre a conectividade rural e urbana mina um imenso potencial social, econômico e produtivo no âmbito estratégico no qual está em jogo a segurança alimentar e nutricional de boa parte do planeta segundo o diretor-geral do IICA, Manuel Otero. Os dados constatam que existe um atraso rural que requer ações decididas e soluções inovadoras.
No Brasil, a diferença entre quem tem acesso à internet de qualidade nas cidades e no campo é um pouco menor que a média regional. A conectividade significativa urbana brasileira é 1,5 vezes mais abrangente do que nas zonas rurais enquanto nos demais países o índice médio é de 1,8 vezes.