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Técnica com infravermelho identifica fungo em milho

Método desenvolvido pela Embrapa em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou fungos do gênero Fusarium em grãos de milho

Os cientistas combinaram imagens hiperespectrais de infravermelho próximo, técnica conhecida pela siga em inglês NIR, com métodos de reconhecimento de padrões e tiveram sucesso na identificação das espécies F. verticillioides e F. graminearum, os fungos que mais acometem os grãos de milho e responsáveis pela produção das principais micotoxinas nesse cereal. O primeiro é o principal produtor da micotoxina fumonisina e o F. graminearum está associado à zearalenona. A toxidade das micotoxinas a animais e humanos tem como consequência a incidência de doenças diversas.

A detecção dos fungos que as produzem envolve processos caros e complexos dificultando sua aplicação e, por causa disso, há uma demanda por um método de identificação preciso e rápido para evitar essa contaminação. O método foi desenvolvido para permitir uma leitura rápida da amostra, além de uma precisão maior na distinção dos patógenos.

O modelo aplicado a F. verticillioides e F. graminearum apresentou separação significativa entre as duas espécies, com 100% de precisão, sensibilidade e especificidade, demonstrando a eficácia do HSI-NIR para a diferenciação de espécies de fungos do gênero Fusarium.

A técnica é uma ferramenta útil para categorizar duas importantes espécies agrícolas de Fusarium. A pesquisa comprovou que a relação custo-benefício da técnica HSI-NIR apresenta maior vantagem sobre as técnicas-padrão de identificação de fungos por ser mais fácil e rápida de executar, além de menos onerosa, além de possuir uma abordagem não destrutiva das amostras, dispensando uso de produtos químicos durante o processo.