Colheita é feita duas vezes por ano
A pimenta-do-reino recebeu este nome no Brasil porque era trazida pelas caravelas, que vinham de Portugal na época da colonização. Entretanto, ela é originária da Índia e foi muito valorizada no período das Grandes Navegações pelo poder de conservar alimentos, principalmente carnes.
Hoje, a pimenta-do-reino continua a ser um dos condimentos mais consumidos no mundo e o Brasil se transformou em um exportador do produto, principalmente para os Estados Unidos.
Em Minas Gerais, as plantações ainda são poucas. De acordo com a Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), existem cerca de 110 hectares ocupados com a cultura.
Em 2019, a produção mineira foi de 253 toneladas de pimenta-do-reino. A maioria das lavouras é conduzida por agricultores familiares.
Características
A pimenta-do-reino é uma planta trepadeira. É preciso instalar estacas nas áreas de cultivo para a sustentação dos pés de pimenta. O plantio é feito por mudas.
A cultura de adaptou bem na região por causa do clima. A pimenta-do-reino é ideal para regiões quentes com disponibilidade de água. Toda a área de pimenta em Ataléia usa a irrigação por microaspersão.
A pimenta-do-reino começa a produzir no segundo ano após o plantio, mas a produção se torna viável a partir de três anos.
A colheita é realizada de seis em seis meses. A segunda safra do ano se inicia em julho. O estágio de maturação das espigas (ou cachos) na hora da colheita e o processo de secagem determinam a cor da pimenta. A pimenta branca, por exemplo, é colhida mais madura e tem um processo de secagem mais trabalhoso.
Preços
Os preços da pimenta-do-reino costumam variar de acordo com a oferta e demanda internacional. Há cerca de três anos, o quilo do produto atingiu picos de R$ 30. Hoje está em torno de R$ 10. Por isso, a recomendação é de que a cultura seja um complemento de outras atividades, e que os primeiros investimentos sejam feitos em pequenas áreas, aos poucos.
Mesmo com a volatilidade de preços, sabendo administrar os custos e mantendo a qualidade do produto, é possível ter um bom retorno.
Fonte: Emater-MG
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