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Pesca artesanal – Publicação trata de abate e conservação a bordo

Tarrafa - Petrecho de pesca utilizado no Rio Araguaia sendo lançado pelo pescador artesanal - Foto: Adriano Prysthon
Dispõe de informações objetivas e bastante simples sobre diferentes pontos a que o pescador precisa ficar atento
 
Na publicação “Boas práticas para abate e conservação a bordo na pesca artesanal, rio Araguaia, Tocantins”, estão descritas dicas e recomendações para garantir a boa qualidade do pescado. São informações objetivas e bastante simples sobre diferentes pontos a que o pescador precisa ficar atento.

Antes mesmo de sair para a pescaria, é importante selecionar adequadamente os petrechos (como redes, linhas e anzóis) e outros utensílios (a exemplo de caixas térmicas e gelo). Eles deverão ser adaptados ao tipo de pescaria e também ao próprio tamanho do peixe que se busca.
“Recomenda-se levar apenas o que será necessário para a pesca e para acondicionamento dos peixes após a captura. Pois, a depender do tamanho da embarcação, o espaço físico, ou seja, o local de acomodação do pescador pode ficar comprometido, atrapalhando a atividade de captura. Ainda, é fundamental verificar se todos os utensílios estão limpos e adequados ao uso”, orientam os autores.
 
O indicado é que a insensibilização seja feita em todos os peixes capturados, independente de tamanho ou outra característica. “A insensibilização por golpe no crânio é um método prático, recomendado pelas instituições responsáveis, de baixo custo e bastante eficiente quando feito adequadamente. O golpe a ser aplicado deve ter força suficiente para promover a insensibilização imediata do animal. O objeto para insensibilizar pode ser adaptado, considerando que seja liso e não poroso, sem pontas e de fácil higienização”, explicam.

Imediatamente após a insensibilização, pode ser feito o abate. A publicação traz, numa tabela, os métodos indicados, a razão de se fazer os dois procedimentos (insensibilização e abate), o momento e a maneira mais apropriados para ambos.

A recomendação de uma morte rápida ao peixe por exemplo é um fator determinante para uma melhor qualidade do pescado. Do contrário, técnicas como a asfixia (esperar o peixe morrer se debatendo), comumente praticada na pesca artesanal, contribuem para a rápida deterioração do peixe, pois reduzem drasticamente as reservas de energia, provocando acúmulo de substâncias químicas e sabor indesejado ao peixe.

Quanto à conservação do pescado a bordo, também são indicadas orientações simples e que ajudam o pescador a manter a qualidade de seu produto. O gelo a ser usado precisa ser de água potável e, caso seja feito em casa, embalagens de outros produtos não devem ser reutilizadas para acondicioná-lo. O mais recomendado é o gelo em escamas, pois seu formato permite um contato maior com a superfície do pescado.

Projeto de pesquisa

A publicação é fruto do projeto Conhecimento e adaptação tecnológica para o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal no rio Araguaia (TO), conduzido pelo também pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura Adriano Prysthon. Foi realizado um diagnóstico participativo em 15 comunidades pesqueiras, incluindo colônias de pescadores e aldeias indígenas, de 11 municípios do lado tocantinense do Araguaia.

Autores: Patrícia Chicrala, Adriano Prysthon e Hellen Kato (pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura), Cássia Sobreira (bióloga do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins, o Ruraltins) e Pedro Mujica (professor da Universidade Federal do Tocantins, a UFT)
Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura – Clenio Araujo (6279/MG)

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