APICULTURA -  Como montar um apiário

Casal de produtores rurais no trabalho da lavoura
O setor é uma das principais bases econômicas de 90% dos municípios com até 10 mil habitantes
 
Um dos primeiros fatores que podem ser apontados para tornar a agricultura familiar um setor fundamental para o país é no tocante à sucessão familiar! O que até pouco tempo era um problema insolúvel, em função da mudança de hábitos, comportamentos e objetivos pessoais, passou a ser uma solução para diminuir o êxodo rural, promovendo desenvolvimento no interior do país e contribuindo para relevantes questões ligadas ao ambiente e à sustentabilidade.
 
Isso para não lembrarmos de que o setor é uma das principais bases econômicas de 90% dos municípios com até 10 mil habitantes!

O que é a agricultura familiar?

Agricultura familiar é a produção realizada por pequenos produtores rurais que vivem e produzem em áreas de até quatro módulos fiscais (que pode variar de cinco a 100 hectares, dependendo da legislação de cada município).

Sua força de trabalho é composta quase que exclusivamente por membros da família, às vezes com um ou pouquíssimos funcionários assalariados.

A renda anual bruta não é superior a R$ 400 mil, consequentes da comercialização de diferentes culturas (fica claro que, na agricultura familiar, não se pratica a monocultura, tão comum no “grande” agronegócio).

Com os valores apresentados, fica claro que a agricultura familiar não tem relevância expressiva no aspecto econômico do agro nacional, com pequeníssima participação no nosso Produto Interno Bruto (PIB). Mas, se o impacto financeiro é baixo, como explicar essa relevância do setor?

Apenas 20% das terras agricultáveis no Brasil pertençam a esse modelo de produção. No entanto, em torno de 70% dos alimentos produzidos no país vêm da agricultura familiar!
 
Uau! É isso. Parte substancial do que se consome nas mesas das famílias brasileiras vem da produção em propriedades rurais familiares.

A agricultura familiar e sua participação na alimentação do brasileiro

Segundo dados do Censo Agropecuário de 2017, 87% da produção de mandioca é fruto da produção familiar. Em relação ao feijão, essa porcentagem é de 70%. Outras culturas também são bem relevantes nesse cenário: suínos (59%), leite (58%) e aves (50%) são as que mais se destacam.

Vantagens

Esta forma de produzir baseia-se em um método de cultivo mais orgânico e a monocultura quase não é praticada nesses ambientes, tornando o solo melhor, já que há uma variação do seu uso. Isto impacta positivamente na qualidade final dos produtos.

O impacto ambiental também é reduzido, já que os hábitos mais tradicionais de produção são preservados, valorizando medidas naturais de proteção às pragas e adubação, por exemplo.
 
Enquanto o “grande” agronegócio produz em grande volume especialmente focado no mercado de exportação, tendo como diferencial o alto uso de tecnologia e o uso de máquinas que desempenham quase todo o trabalho, maximizando os ganhos e impulsionando os resultados, a agricultura familiar utiliza de força braçal para plantar, cultivar e colher. As etapas finais pré-comercialização (como a torra do café, por exemplo) também dependem de trabalho humano. Com isso, a empregabilidade na produção familiar é maior: 80% dos empregos gerados no campo vêm dessas propriedades, segundo o Censo Agropecuário.
 
Ainda de acordo com o Censo Agropecuário, a soma das propriedades rurais com até 10 hectares chega a 8 milhões de hectares, um número modesto perto dos 167 milhões de hectares do agronegócio. Apesar disso, a importância da agricultura familiar é um peso importante nesses números: 38% da renda bruta do agro vem das pequenas propriedades.

Organização e colaboração

Para driblar os custos maiores desse tipo de produção mais “caseira”, muitas famílias se organizam em cooperativas. Assim, conseguem ganhos maiores sobre os seus produtos e melhoram os ganhos, sem deixar de lado as suas características.

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