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BlogCiência RuraltecTV – Maracujá-alho: resultados promissores para controle do mal de Parkinson

Flor do maracujá-alho (Passiflora tenuifila)
A pesquisa é um passo importante para o desenvolvimento de um possível ingrediente para a indústria de alimentos funcionais ou de medicamentos
Estudo desenvolvido pela Embrapa, Universidade de Fortaleza (Unifor) e Universidade Federal do Ceará (UFC) comprovou efeitos do maracujá-alho (Passiflora tenuifila) para reduzir tremores similares aos do mal de Parkinson e de outros distúrbios relacionados à coordenação motora e ao sistema nervoso central.

A pesquisa é um passo importante para o desenvolvimento de um possível ingrediente para a indústria de alimentos funcionais ou de medicamentos. O experimento demonstrou que o maracujá-alho não apresenta toxicidade e expressou efeito funcional promissor como agente ansiolítico, hipnótico-sedativo, anticonvulsivante e antitremor, possivelmente relacionados com os compostos fenólicos presentes.
O resultado abre novas possibilidades para empresas dos ramos de alimentação e saúde, bem como para produtores agrícolas interessados no cultivo da fruta.
 
Ciência agrega valor a espécies silvestres de maracujá
 
O estudo foi um desdobramento de pesquisas realizadas com o objetivo de valorizar espécies silvestres de maracujá. Embora existam no Brasil mais de 150 espécies de maracujá, a metade delas com frutos comestíveis, o maracujá-amarelo (Passiflora edulis) reina praticamente sozinho no mercado comercial.

Entre os inúmeros resultados das pesquisas, destaca-se o lançamento da cultivar BRS Vita Fruit (BRS VF), obtida por meio do melhoramento genético convencional a partir de populações de Passiflora tenuifila de diferentes origens, principalmente da região do Cerrado do Planalto Central.

Pesquisa utilizou modelo experimental para Parkinson
 
O objetivo do estudo foi avaliar a composição química, toxicidade e efeito funcional em um modelo experimental para doença de Parkinson. As avaliações de toxicidade e efeitos in vivo no sistema nervoso central foram realizadas na Unifor.
Na avaliação do efeito antitremor, os testes comportamentais indicaram que o consumo de maracujá-alho causou uma melhoria e possível efeito de recuperação dos danos. Além disso, a fruta provocou um aumento no nível de dopamina no cérebro dos animais. Esse nível de dopamina foi similar ao apresentado pelos animais que receberam carbidopa/L-dopa, substância que normalmente é utilizada no tratamento da doença.
 
Os resultados obtidos no nosso estudo foram muito importantes, pois evidenciaram que além da ausência de toxicidade, o maracujá-alho possui efeito ansiolítico, sedativo, anticonvulsivante e neuroprotetor, tornando-o uma fonte promissora de compostos funcionais com efeitos no sistema nervoso central.
 

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