Dependendo do tipo de estrutura e função, os corredores ecológicos podem ser classificados em lineares, faixas e corredores de riacho. No Brasil, a instalação de corredores ecológicos como estratégia de mitigação dos efeitos da fragmentação de habitats teve início em 2000. Nos Estados Unidos, o projeto Wild Lands defendeu a criação de corredores para permitir a dispersão e migração de organismos. Apesar dessa popularidade, houve resistência política na América do Norte e na Europa por causa dos altos custos ou oposição das partes interessadas.
Corredores ecológicos no Brasil
No Brasil, os corredores ecológicos foram implementados com a Lei Federal N° 9.985 /2000, que estabeleceu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), no artigo 2º define corredor ecológico como “porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam, para sua sobrevivência, áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais”.
Como funcionam
O uso do espaço terrestre para atender às atividades humanas leva a uma severa fragmentação dos habitats naturais. Essa fragmentação gera perda de habitats e impossibilita ou dificulta o deslocamento de animais e sementes, dando origem ao que se chama de metapopulações (conjunto de subpopulações de uma mesma espécie que não se encontram ligadas entre si).
Nesse contexto, os corredores ecológicos têm sido implementados como alternativa de mitigação aos impactos da fragmentação, pois facilitam o deslocamento de organismos entre os fragmentos de vegetação, sendo uma ferramenta importante.
Limitações
Diversos estudos apontam a viabilidade do uso de corredores ecológicos como ferramenta de desfragmentação florestal, principalmente para espécies de menor porte e de tempo de vida curto. Entretanto, algumas pesquisas também mostraram que a implementação de corredores ecológicos também pode ser ineficaz para a contenção da perda de biodiversidade, principalmente para espécies de maior porte. Análises apontam maior vulnerabilidade para populações de baixa densidade em comparação com as de alta densidade.