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Poda do cafeeiro aumenta produtividade da lavoura em mais de 20%

Cafezal podado já em produção

O produtor, por meio da combinação de diferentes técnicas de poda consegue revigorar a lavoura e incrementar a produtividade média do cafezal

A poda do cafeeiro das espécies arábica e canéfora compreende a eliminação parcial ou total da parte aérea da planta após a colheita. Em função das diferentes espécies e cultivares de cafés, essa prática ocorre, geralmente, no período de agosto a outubro e tem como principais objetivos a renovação por indução de ramos produtivos de plantas depauperadas pela idade, lesões causadas por fenômenos climáticos e/ou pela incidência de pragas e doenças.

O cafeicultor, por meio dessa prática agrícola, também poderá programar com eficiência a condução e a produção de cafeeiros em sistemas de lavouras adensadas, reduzir a incidência de pragas e doenças do cafezal, facilitando o seu controle, promover mais luminosidade e arejamento dos cafeeiros em lavouras com fechamento, melhorar a arquitetura das plantas por renovação e ajuste da estrutura da copa, reduzir a altura e partes laterais das plantas para facilitar os tratos culturais e a colheita nos próximos anos. Assim, o cafeicultor terá aumento da vida útil de produção do cafeeiro com vigor e produtividade.

As técnicas de poda

Com esses objetivos, os cafeicultores podem realizar, de acordo com as condições do cafeeiro, diferentes técnicas de poda ou a combinação delas, tais como o decote, o desponte, o esqueletamento e a recepa.

Detalhe da tesoura do produtor na operação de poda do cafeeiro

O decote é uma poda alta e menos drástica aplicada em plantas que ainda possuem saia, mas que apresentam esgotamento ou deformações na parte superior ou altura excessiva. Pode-se adotar um decote alto com corte da planta realizado de 1,80 m a 2,40 m de altura ou um decote baixo com corte de 1,20 m a 1,80 m de altura.

Com relação ao desponte, trata-se de uma técnica que consiste em cortar na lateral da planta, no sentido de cima para baixo (descendo), nas extremidades dos ramos plagiotrópicos (ramos produtivos) deixando-os com comprimento médio de 0,60 m a 1,20 m, para estimular ramificações para aumento da produção.

O esqueletamento consiste também em cortar na lateral da planta, porém no sentido de baixo para cima (subindo), nas extremidades dos ramos plagiotrópicos, próximos ao tronco do cafeeiro, deixando-os com comprimento médio de 20 cm a 30 cm, com o objetivo de promover a abertura da lavoura e renovar as hastes produtivas.

Finalmente, a recepa é uma poda baixa e mais drástica aplicada em plantas que perderam os ramos produtivos inferiores que formam a saia da planta, ou em plantas totalmente depauperadas ou deformadas. Pode ser aplicada uma recepa com pulmão ou recepa alta com o corte da planta a uma altura média de 60 cm a 80 cm do solo, ou uma recepa sem pulmão ou, ainda, recepa baixa com o corte de 30 cm a 40 cm do solo.

Cafezal bem conduzido

Contudo, se a recepa for mais alta, por exemplo, a 60 cm do solo e a brotação “nova” estiver acima de 25 cm do solo, é recomendável que se faça a 2ª poda imediatamente abaixo do broto emitido após a 1ª poda. Porém, se o broto estiver muito próximo do solo, o melhor será cortar acima da inserção do broto, pois, nesse caso, há poucas gemas para emitir novas brotações.

Mais informações sobre a poda dos cafeeiros podem ser encontradas nos seguintes links:

Poda Programada de Ciclo do Café Arábica
Poda Programada de Ciclo do Café Conilon
Poda de Formação dos Cafeeiros
Manual do Café: manejo de cafezais em produção
Café Conilon
Café na Amazônia
COVID-19: saiba como mitigar os efeitos do coronavírus na cafeicultura
Análises e notícias da cafeicultura – Observatório do Café
Café e portfólio de tecnologias – Consórcio Pesquisa Café

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