Qualidade da água garante melhores índices zootécnicos e contribui para a redução de antibióticos no cuidado com o animal
A água é um nutriente essencial, importante para várias funções fisiológicas, como controle de temperatura, processos digestivos e excreção. Apesar desta importância, o controle de microrganismos na água é desprezado em grande parte das granjas. Apenas quando ocorre algum problema, quando o prejuízo já aconteceu, é que se preocupam em analisar e cuidar deste recurso/insumo…
Além de interferir na performance zootécnica dos animais, o consumo de água pode ser um indicativo de que algo está errado. A diminuição do consumo de água pelos animais é um dos primeiros alertas de um possível problema sanitário ou de bem estar.
Efeitos no desempenho
A água com características de pH mais alcalino (acima de 7), alta temperatura (acima de 21oC) e alto nível de dureza, pode apresentar uma palatabilidade desagradável, efeito laxativo e também interferir na eficiência de alguns medicamentos.
Todos estes fatores impactam no desequilíbrio da flora intestinal e, consequentemente, no desempenho dos animais, comprometendo a eficiência do ganho de peso e conversão alimentar.
Dependendo da qualidade da água, temos graves problemas por contaminação de bactérias, fungos e leveduras, acarretando problemas no intestino das aves, como passagem rápida da ração, má absorção dos nutrientes e da dieta, perda de peso e outros desafios sanitários.
Para melhorar a qualidade da água, é preciso entender o seu comportamento, conhecendo a dosagem de cloro utilizada, determinando a dureza e os sólidos dissolvidos. Fazer exame microbiológico, para contagem de enterobactérias, fungos e leveduras, é outro procedimento recomendado, além de fazer gráfico de titulação do ph.
Os sistemas de produção intensivos exigem cada vez mais o controle de patógenos com menor uso de antimicrobiano, bem como o mercado exige animais de alto desempenho com um custo de produção sustentável. A qualidade da água desempenha papel essencial nesse processo. Animais saudáveis realizam melhor conversão alimentar e estão mais imunes às infecções oportunistas em granjas.
