Até que ponto é economicamente viável aumentar o peso das carcaças?
O confinamento é uma estratégia de resultados positivos inegáveis para maximizar a rentabilidade da pecuária e o momento para o abate é um dos pontos determinantes para maior ou menor lucratividade da operação.
O IBGE aponta que a média nacional está em torno de 18 arrobas. Mas nos dias atuais temos tecnologias que nos permitem abater animais mais pesados que isso.
A questão é: até que ponto é viável e rentável economicamente para o produtor aumentar o peso das carcaças produzidas?
Algumas reflexões
Temos que lembrar de que custo com alimentação tem grande impacto no custo de produção e o sucesso da operação está na busca do equilíbrio entre eficiência biológica e eficiência econômica.
Analisando do ponto de vista técnico, animais mais pesados tendem a ter maior exigência e menor eficiência. Quanto maior o peso corporal, maior a exigência de energia, o que significa que animal mais pesado precisa comer maior quantidade de energia para manter suas atividades vitais.
É sabido também que animais, após atingirem o máximo de deposição, apresentam menor eficiência, o que implica em maior custo. Ou seja, animais abatidos mais pesados propiciam carcaças mais pesadas, porém com menor eficiência de ganho.
Apesar de a melhor eficiência biológica ter sido observada em animais abatidos mais leves (16,6 arrobas), a melhor lucratividade foi observada nos animais abatidos com peso de 20,6 arrobas.
Essa análise nos mostra que a decisão do ponto ótimo de abate deve ser tomada considerando não só a melhor eficiência biológica, mas o custo da diária alimentar e o valor da arroba negociada.
Assim, a decisão será em função da rentabilidade e não do custo mínimo de produção.
Ponto ideal
A remuneração do pecuarista é sobre o peso da carcaça, não do animal vivo, logo o pecuarista deve utilizar métricas que avaliem desempenho relacionadas à deposição de carcaça, e assim, terá maior assertividade na tomada de decisão.