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Desmatamento de florestas primárias

Brasil responde por mais de um terço dessas perdas (13.610 km² de floresta tropical virgem), aponta estudo

Os 38.000 km² destruídos no ano passado correspondem a uma área quase do tamanho da Suíça ou o equivalente a um campo de futebol a cada seis segundos e tornaram 2019 o terceiro ano mais devastador para florestas primárias em duas décadas.

No Brasil, 95% da perda ocorreu na Amazônia, de acordo com a organização, que utiliza dados do monitoramento por satélite feito pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, em parceria com o Google, a Nasa e o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

A República Democrática do Congo e a Indonésia estão em segundo e terceiro lugares em perdas florestais, destruídas para ceder espaço a pastagens ou a plantações, de acordo com o relatório anual da Global Forest Watch, com base em imagens de satélite.

Área de floresta primária desmatada

Joias florestais devastadas

A área total de florestas tropicais destruídas por incêndios e máquinas de esteira em todo mundo no ano passado foi três vezes maior, na verdade, mas as florestas primárias são particularmente valiosas.

Elas abrigam uma grande variedade de espécies presentes na Terra e armazenam grandes quantidades de CO2, o que contribui para o aquecimento global uma vez liberados e levariam séculos para que essas florestas retornassem ao seu estado original.

Terras indígenas

Um crescente número de evidências indica que o reconhecimento legal do direito dos indígenas à terra garante melhor proteção para a floresta. Os outros países com as maiores perdas de florestas primárias são Peru, Malásia, Colômbia, Laos, México e Camboja.

Área de floresta primária desmatada

Desmatamento em tendência de aumento

Os dados do Prodes mostram que, entre agosto de 2018 e julho de 2019, o Brasil perdeu 10,1 mil km² de Amazônia, o maior volume dos últimos 11 anos.

Ainda não há números consolidados para o período seguinte, mas o Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), que emite os alertas de desmatamento e orienta as ações de fiscalização, mostra que entre agosto de 2019 e março de 2020, 507 mil hectares (5 mil km²) foram desmatados — quase o dobro do mesmo período no ano anterior.

No ano passado o governo, respondendo a críticas nacionais e internacionais, começou a agir em outubro, no fim do ciclo de desmatamento. Esse ano, parece que começou a agir mais cedo, vamos aguardar para saber qual será o resultado.

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