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Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos (PSA Hídrico) e a saúde da terra

Nascente de água límpida com pequena queda d'água na floresta

O manejo da água pelo produtor rural é fundamental para a manutenção e abastecimento do recurso

Para incentivar o homem do campo a adotar práticas conservacionistas em sua propriedade, pesquisadores da Embrapa Solos (RJ) uniram-se a colaboradores de outros centros de pesquisa da Empresa e parceiros externos – Agência Nacional de Águas (ANA), The Nature Conservancy (TNC) e Fundação Boticário para mostrar as vantagens do Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos (PSA Hídrico).

Trata-se de um instrumento de compensação que está se tornando mais comum no Brasil e que, no campo, contribui com a provisão de serviços ambientais, valorizando o papel do produtor na conservação, premiando aqueles que conservam os solos, protegem as matas e recuperam nascentes e matas ciliares.

Desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Solos o “Manual para Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos:seleção de áreas e monitoramento”, já está sendo seguido por comunidades do Rio de Janeiro e é exemplo do /Programa Produtores de Água e Floresta (PAF).

Rio típico de Mata Atlântica

A publicação apresenta os três conjuntos de métodos capazes de nortear uma iniciativa em PSA Hídrico: seleção de indicadores;  monitoramento; seleção de áreas prioritárias.

Os pesquisadores lembram que a crise hídrica vem se agravando com o passar do tempo e órgãos públicos e privados do mundo inteiro procuram soluções que possam pelo menos minimizar o problema.

No Brasil, metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, com milhões de habitantes, necessitam de enorme quantidade de água no seu cotidiano. Os cariocas, por exemplo, consomem 330 litros de água por dia. A ONU diz que 110 litros seriam suficientes.

A crescente demanda por água pela população urbana e rural é grande e exerce pressão sobre os mananciais, localizados, muitas vezes, em áreas rurais. Dessa forma, o manejo da água pelo produtor rural é fundamental para a manutenção e abastecimento do recurso.

Uma questão que ainda levanta dúvidas a respeito do tema é quem “paga” ao produtor rural. A remuneração ao produtor pode vir de um setor ou indivíduo disposto a pagar pelos serviços ambientais prestados.

Fonte: Embrapa Solo