São cães muito inteligentes e atentos ao condutor. Aprendem com rapidez, têm facilidade em cumprir ordens e realizam tarefas com extrema facilidade
A utilização dos cães pastores é muito comum no campo. Vários destes cães têm sua popularidade crescente, como o Pastor Belga Malinois, o Pastor Branco Suíço e o Pastor Maremano Abruzês. São reconhecidamente produtivos e colaborativos também os cães da raças Collie, Kuvasz, Old English Sheepdog e Pastores Alemães e Belgas Groenendael e Tervueren. Já as raças Border Collie, Pastor de Shetland, Australian Cattle Dog e Pastor Australiano têm presenças garantidas nas competições de agilidade, além de serem companheiras bastante ativas.
Vamos analisar algumas características gerais que interferem no adestramento desses cães.
Temperamento. São cães muito inteligentes e atentos ao condutor. Aprendem com rapidez, têm facilidade em cumprir ordens e realizam tarefas com extrema facilidade. Só demonstram desobediência quando estão diante de alguém inexperiente na lida com eles. São confiantes e equilibrados, tornando-se muito confiáveis. Independentemente do tamanho, são extremamente carinhosos com os donos e mesmo com as crianças – desde que sejam respeitados! ATENÇÃO: com estranhos, tornam-se agressivos se acharem necessário. Tendem a hostilizá-los com latidos e, em alguns casos, até mordê-los.
Energia. Possuem alto nível de energia. É recomendável proporcionar acesso direto a áreas externas por longos períodos. Cada vez mais, os criadores de pastores não os indicam para quem vive em apartamentos (especialmente os de raças de médio e grande porte). As raças indicadas para esta situação são: Border Collies, Australian Cattle Dogs e Pastores de Shetland. Aí, torna-se necessário a prática constante de atividades (dois passeios diários é o recomendado).
Rotina e acomodações. Por serem cães rústicos, é comum ver pastores deitados no chão mesmo tendo camas e sofás disponíveis. Suas pelagens volumosas pedem cuidados especiais quando faz calor, como a oferta de lugares frescos para se refrescarem. Já que pastores costumam guardar a casa dia e noite, é importante que a educação e o manejo estejam sempre em dia para não haver problemas com excesso de latidos.
Agressividade com estranhos. Os pastores tendem a ser reservados com animais e gente estranha. Seu instinto de proteção tem presença forte no temperamento, afinal pastorear rebanhos não era a única função esperada. Também tinham de proporcionar proteção dos intrusos, fossem eles animais ou pessoas. Em ambiente urbano, é normal ladrarem e atacarem se o aviso que deram para manter distância da propriedade ou do condutor não for atendido.
ATENÇÃO! Tolerar a proximidade dos estranhos é importante na vida em grandes centros, logo, é preciso cuidar de questões como em obediência e socialização. Isso não significa que o cão precisa ser ensinado a gostar dos desconhecidos. O cão deve agir sem sentir medo, mas também não deve ser agressivo com estranhos. Tratar destas características evitará momentos impróprios, em que o cão emitirá latidos excessivos ou realizará perseguições equivocadas a skates e bicicletas.
Excesso de latidos. Cães pastores gostam de latir. Simples assim. Essa é a forma fácil e eficiente de se comunicarem, tanto na condução de reses quanto ao lhes proporcionar proteção. A orientação é controlar os latidos e não eliminá-los. É uma boa iniciativa escolher momentos do dia nos quais o pastor possa “proteger a casa” e deixá-lo latir um pouco no portão ou na janela. Dessa maneira, ele extravasará a necessidade e perceberá que há regras sobre quando latir e quando não fazê-lo.
Roer móveis e objetos. Roer é quase sempre a escolha do cão ao sentir necessidade de extravasar a energia acumulada. Nesses momentos, se ele não possuir brinquedos para roer, os principais alvos passarão a ser batentes, portas, paredes, rodapés e pés de móveis. É preciso que o cão tenha brinquedos diferentes para serem roídos e que esses brinquedos sejam seguros e resistentes, feitos especialmente para os cães de porte médio e grande, que possuem mandíbulas poderosas.
Pular para pedir atenção. A educação e os exercícios para corrigir ou prevenir esse comportamento antes que se torne um problema devem começar cedo. Ensinar o cão a permanecer com as quatro patas no chão é o mais importante. Apenas dar broncas quando ele pula é uma providência inadequada, já que quando o cão consegue a atenção que queria tende a pular ainda mais.
Estas são algumas informações que poderão lhe ajudar a lidar com o seu cão de forma mais segura e prazerosa. Gostou? Tem alguma história para nos contar? Mande mensagens por e-mail (ruraltectv@ruraltectv.com.br) ou poste algum caso em nossas redes sociais.