As grandes perguntas que têm sido feitas em vários setores e, em destaque, no setor do agronegócio são: O que a tecnologia oferece ao setor? Como obter acesso a essa tecnologia?
Aplicativos de celular, programas com inteligência artificial, sensores diversos, robôs, imagens de satélites, drones, e tantas outra inovações estão sendo utilizadas em planejamento agropecuário, manejo, colheita, comercialização e transporte de insumos e da produção.
Um processo irreversível e necessário!
Entidades das mais diversas, públicas e privadas, colocam em prática levantamentos em plataformas tradicionais e on-line, tentando identificar de que forma estas tecnologias podem contribuir cada vez mais.
Além disso, avaliam as contribuições já implantados com o objetivo de utilizar os resultados na elaboração de estratégias viáveis e eficientes para atender desde os pequenos negócios até as grandes corporações. As soluções digitais visam geralmente o aumento da percepção de valor de produtos e marcas e o aumento da competitividade e sustentabilidade da atividade agrícola.
No Brasil, não é diferente. Instituições de pesquisa, universidades, empresas e startups desenvolvem incessantemente novas soluções tecnológicas para o setor.
Mas apesar de irreversível, ainda temos um grande entrave: o acesso a estas tecnologias por parte de pequenos e médios produtores.
Acredito que o próximo passo deva ser confrontar as demandas identificadas e as adversidades enfrentadas pelo produtor rural no uso ou na aquisição destas tecnologias digitais com aquilo que o mercado tem a oferecer. E adequar as demandas com as ofertas. E mais do que isso, o governo tem que achar instrumentos de facilitação para aquisição destas tecnologias por parte dos pequenos produtores.
Assim como acontece com todas as novas tecnologias, os preços são o maior impeditivo para a aquisição das mesmas. Cabe ao governo, diminuir o abismo entre a capacidade de investimento das grandes corporações e dos pequenos e médios produtores, possibilitando a estes últimos ferramentas que os auxiliem a maximizar sua produtividade e, principalmente, sua rentabilidade. A rearrumação urbano-rural e as relações diretas entre produtores e consumidores, que se fortalecem cada vez mais, são alguns dos fatores que forçarão essa “ajuda”.
Tecnologias mais comuns apresentadas ao mercado são baseadas em uso de imagens de satélites, de vants e drones, e de dados de sensores instalados no solo, para:
- mapear os níveis de produtividade da lavoura;
- monitorar a ocorrência de pragas, doenças;
- monitorar as condições do solo, clima e planta;
- auxiliar no gerenciamento de sistemas de irrigação;
- elaborar um Cadastro da Produção Rural.
Este Cadastro seria fundamental para começarmos a distribuir de uma maneira mais igualitária esta porção de tecnologia que fará bem a todos, do rural ao urbano.