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Agrodefesa alerta para prevenção e controle da cigarrinha do milho na safrinha

Milharal com espiga em destaque

Goiás é o terceiro maior produtor de milho no país e o que o mantém nessa posição no ranking nacional é a 2ª safra, também conhecida como safrinha. Dados do último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que 25% das áreas previstas de cultivo para a safrinha já foram semeadas em Goiás, com produção estimada em 8,39 milhões de toneladas no estado. Mas para alcançar esse resultado em campo são necessárias ações e medidas fitossanitárias que assegurem a sanidade vegetal na atividade agrícola. É o caso do trabalho desenvolvido pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para orientar sobre as principais pragas que acometem a cultura, como a cigarrinha do milho, e as formas de prevenção e controle.

Por meio de ações de educação sanitária, que ocorrem de forma simultânea junto aos produtores desde a entressafra, semeadura, cultivo até a colheita, a Agrodefesa e parceiros têm buscado alertar os produtores sobre a importância do controle e manejo da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), causadora de doenças para a planta, como o enfezamento pálido e vermelho. Esses “enfezamentos” do milho podem levar a redução significativa da produtividade, comprometendo até 70% da produção.

Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis)

Entre os principais responsáveis pela perpetuação da cigarrinha do milho nas lavouras estão plantas voluntárias de milho ou milho tiguera, resultantes de grãos perdidos na colheita e no transporte. As plantas daninhas servem como abrigo, alimentação e postura para a cigarrinha do milho.

Outro fator que também deve ser destacado é a diminuição do uso de inseticidas nas lavouras, em virtude do aumento do uso de sementes transgênicas. O produtor passou a plantar o milho transgênico, que é resistente às lagartas, então diminuíram as aplicações de inseticidas que eram feitas para combatê-las. Essas aplicações, de certa forma, ajudavam a controlar a cigarrinha também, então quando ele parou de fazer as aplicações, a cigarrinha passou a se multiplicar cada vez mais.

Ações

Para evitar prejuízo nas plantações, a Agrodefesa, em colaboração com a Dra. Jurema Rattes – pesquisadora e proprietária da Estação de Pesquisa Agro Rattes -, criou a campanha “Milho Tiguera Zero”, como uma das principais iniciativas para o controle e prevenção da cigarrinha do milho. Os fiscais estaduais agropecuários da Agrodefesa foram capacitados, com a participação de representantes de entidades parceiras da campanha, para que possam atuar na conscientização dos produtores rurais sobre a importância da eliminação das plantas voluntárias de milho, fazendo o levantamento da quantidade de plantas voluntárias (milho tiguera) existente nas áreas onde foi plantado milho, no estado. Também foi elaborado card (peça) informativo aos produtores rurais e demais envolvidos na cadeia do agronegócio goiano.

Práticas de manejo da cigarrinha e dos enfezamentos do milho

Além das medidas tomadas pela Agrodefesa para o sucesso no controle e na prevenção da cigarrinha do milho, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também sugere cuidados para todos os momentos da produção.

Entressafra:

Durante a entressafra é recomendado eliminar o milho voluntário e manter as lavouras sem plantas daninhas.

Semeadura

Milho voluntário ou tiguera

Cultivo

Após a colheita

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