Já ouvimos falar sobre o ciclo da vida. E sobre o mundo dá voltas! E que tudo se repete de tempos em tempos. A cada duas ou três gerações a moda volta a ser a mesma… Círculo vicioso. Círculo virtuoso. E por aí vai. Mas o que isso tem a ver com o que vamos falar?
Simples. Durante muito tempo, um país que baseava sua economia em atividades agropecuárias era visto como um país subdesenvolvido. Eu mesmo aprendi isto na escola. País vende matéria prima e compra manufaturado está fadado a ser terceiro mundo para sempre. Vamos lembrar que a primeira forma de agronegócio exercido no país, após seu “descobrimento”, foi baseado em extrativismo vegetal do Pau-Brasil. Depois se consolidou a agricultura e veio o ciclo da cana de açúcar, do café e por aí vai.
Aí, vem a reflexão dos “vai e volta” aí de cima. E uma outra: o que é para sempre? A verdade é que o mundo está em constante mudança. Em todos os aspectos. E há um componente comportamental novo no panorama que pode mudar “para sempre” o conceito econômico apresentado.
A população quer um novo modo de pensar, agir, trabalhar, se divertir, consumir e, principalmente, de se ALIMENTAR! O aspecto comportamental pode mudar de vez paradigmas econômicos, sociais, humanos em geral… Pode mudar TUDO!
Neste sentido, acreditamos que a resposta para o título desta matéria possa ser: SIM! O agro pode ser a solução para o Brasil deixar de ser o país do futuro e blá blá blá.
O Agronegócio é uma área cada vez mais complexa e fundamental, e merece maior atenção e maior investimento para continuar crescendo.
Segundo a OMC, houve uma diminuição da ordem de 32% no nível das trocas internacionais, ou seja, a retração da atividade econômica nos diversos países vai criar um significativo impacto nas trocas internacionais. O Brasil tem melhores condições de suportar toda essa dificuldade sobretudo em razão das exportações do agronegócio. Por mais que falte dinheiro, quem vai querer parar de comer?
Portanto, que o governo dê sustentação e incentivos à manutenção das atividades do setor, disponibilize financiamento e estimule a competitividade do agronegócio, incrementando sua prosperidade.
A segurança jurídica também será de importância fundamental para o fortalecimento do agronegócio brasileiro em curto, médio e longo prazos dando segurança às empresas, trabalhadores e produtores rurais por meio de normas e leis que ampliem a previsibilidade da atuação dos seus diversos agentes e guarde relação direta com o desenvolvimento econômico, ambiental e social.
A legislação deve atentar não apenas para a organização das atividades com o objetivo de proporcionar ao empresário o acesso ao lucro. Deve estabelecer normas que protejam valores como a distribuição de riqueza, a manutenção de empregos, a produção e circulação de mercadorias, bens e serviços, a geração de tributos, a redução de preços pelo equilíbrio mercadológico, o abastecimento contínuo na proporção da demanda da população e o bem estar de toda a coletividade.
Coletividade. Eita, palavra porreta! E tão pouco utilizada pelos poderes públicos. As leis estão aí. O ordenamento jurídico se transforma também e passa a defender o bem estar social antes de tudo.
O Ministro Salomão concluiu que, quanto ao produtor rural, a condição de procedibilidade da recuperação judicial estará satisfeita sempre que realizado o registro na forma da lei e comprovada a exploração da atividade rural de forma empresarial por mais de dois anos.
Graças ao perfil do produtor rural, sua disposição para o trabalho e ao respeito e à paixão pela terra que o alimenta (e nos alimenta!), graças a sermos um país continental, como possibilidade de aumentar (com responsabilidade e legalidade) as áreas cultiváveis, a uma tecnologia nacional, sustentável e inovadora, que tem auxiliado a maximizar a produtividade e por ter agentes competentes em todos os elos das cadeias produtivas do agronegócio, nós, da RuraltecTV, acreditamos no Brasil, no Brasil do agro.