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Agtech mira pequenos produtores para aplicação de seus softwares

Proteção das informações da fazenda e usabilidade para entender o que deu certo ou não na gestão

Há cerca de um ano a agtech Aegro, que desenvolve softwares para gestão de fazendas, atingiu seu ponto de equilíbrio, momento que uma empresa consegue fazer com que sua geração de caixa sustente a operação. Em seu novo momento, a empresa pretende conquistar clientes mais “tradicionais” e menos propensos ao uso da tecnologia no campo.

Fundada em 2014 em Porto Alegre, a empresa condicionada a moldar os serviços com base na percepção e demandas dos próprios produtores, desenvolveu um software de gestão para fazendas no modelo de software as a service (Saas), traduzindo para que todos entendam: forma de disponibilizar softwares e soluções de tecnologia por meio da internet, como um serviço. Com esse modelo, o produtor cliente não precisa instalar, manter e atualizar hardwares ou softwares. O acesso é fácil e simples, sendo apenas necessário a conexão com a internet.

A plataforma é uma espécie de “Excel do campo”, que cuida de toda a parte financeira tradicional, mas também faz a gestão operacional do plantio e da colheita. Atualmente a empresa possui mais de 5 mil fazendas utilizando suas soluções diariamente. Essas propriedades somam 3,5 milhões de hectares, e a meta é atingir 5 milhões de hectares até o final de 2024. Também pretende avançar no faturamento na mesma medida em que cresce em área.

Funcionalidades para tornar o sistema de gestão completo e preparado,
para o pequeno produtor ter o controle e aumentar a produtividade do seu negócio

As fazendas atendidas possuem um tamanho que fica entre 500 hectares e 5 mil hectares, e 90% dessas propriedades são de produtores de soja e milho, principalmente do centro-oeste. Os outros 10% se dividem em produtores de arroz no sul, feijão, cafeicultores e produtores de cana.

Para crescer, a estratégia está em penetrar nas fazendas mais tradicionais, que possuem maior dificuldade em adotar novas tecnologias. A empresa tem olhado para a “base da pirâmide”, e mira fazendeiros com área menor a 500 hectares. Além de um mercado ainda pouco tecnificado a ser explorado, acredita-se que esse novo espectro de produtor pode trazer novas culturas para o portfólio da empresa que classifica seu software como agnóstico do ponto de vista agrícola, uma alternativa à planilha tradicional, que trazia dificuldade para ser acessada em smartphones e em áreas com conexão escassa.

Segundo a empresa a ferramenta traz usabilidade, proteção e um fluxo de trabalho que o Excel não tinha, destacando que o mais importante é juntar dados e entender o que deu certo ou não na gestão da fazenda. A empresa desenvolveu um processo ao longo do tempo em que hoje o produtor pode fazer de tudo no software. Além da gestão agrícola do negócio, o produtor pode fazer todo planejamento financeiro dentro dos serviços da Aegro. Os universos são conectados, pois um produtor faz planejamento de safra, que envolve compra de insumos e administração de estoques. Depois, vai aplicar na lavoura, colher e vender para cobrir seu financiamento. A ideia de construir um sistema que contemplasse toda a cadeia se deu por uma percepção de que o produtor não quer usar múltiplos softwares no seu dia a dia.

A plataforma oferece a possibilidade de o produtor fazer a gestão financeira, importar notas fiscais, monitorar fluxo de caixa, realizar pagamentos e também integrar as contas bancárias no software. A última nova funcionalidade é um sistema para emissão de notas fiscais eletrônicas para produtores rurais.

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