Secretaria da Agricultura emite alerta após monitoramento realizado nas lavouras
A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul emitiu alerta fitossanitário para a ocorrência de Dalbulus maidis, mais conhecida como cigarrinha do milho, nas lavouras do estado.
De acordo com a secretaria, o alerta é baseado em estudo desenvolvido pelo órgão e pela Emater, sob a coordenação do Ministério da Agricultura (Mapa), que juntos fizeram o monitoramento das lavouras de milho afetadas, nos relatos de ocorrência recente da praga nas lavouras já nos estágios iniciais desta safra, no histórico de infestações da safra anterior e na previsão de poucas chuvas para o próximo período.
Os técnicos atuam na orientação das entidades do setor, cooperativas, empresas de insumos, responsáveis técnicos e produtores rurais nas ações de rotina, adicionando este alerta às atividades. O órgão ressalta a importância de fazer este controle, especialmente neste momento do início do plantio, o qual repercutirá na condição de infestação para o restante da safra.
O monitoramento foi realizado entre abril e maio deste ano em 151 municípios gaúchos, quando foram observadas as maiores infestações. Neste período, foram colhidas 179 amostras em lavouras de milho. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Goiás (LFGO) para identificação dos patógenos associados ao complexo do enfezamento do milho e levantamento de dados para caracterização epidemiológica.
As análises identificaram a presença dos patógenos associados ao enfezamento em 44% das amostras o que evidencia o risco de aumento da ocorrência de enfezamento do milho nesta safra, já que é a cigarrinha que transmite esses patógenos e eles estão ocorrendo em diversas regiões do estado.
Para maiores informações sobre o manejo e orientações de ingredientes ativos para controle, recomendamos acessar a cartilha “Manejo da Cigarrinha e Enfezamentos na Cultura do Milho” da Embrapa, CLICANDO AQUI.
A secretaria da agricultura recomenda alguns cuidados no combate à cigarrinha. Os principais são:
- Eliminar plantas de milho espontâneas da entressafra (milho tiguera);
- Utilizar cultivares tolerantes à cigarrinha e enfezamento;
- Efetuar o tratamento fitossanitário de sementes;
- Efetuar o plantio do milho evitando a proximidade de lavouras novas a lavouras mais velhas ou áreas com ocorrência de infestação anterior;
- Evitar semeadura sucessiva de milho na mesma área;
- Otimizar o planejamento da cultura, preferindo períodos ótimos em detrimento de semeaduras tardias;
- Objetivar diminuir as perdas de grãos durante a colheita;
- Efetuar o controle da cigarrinha do milho conforme orientação técnica.
Em Santa Catarina o problema também preocupa
Ouça o áudio do gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, em entrevista à Rádio Club de Palmas, a campanha visa conscientizar os agricultores a eliminarem o milho que nasce espontaneamente após a colheita, conhecido como milho tiguera, guaxo ou voluntário, que pode servir de hospedeiro para a cigarrinha entre uma safra e outra.
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