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Apicultura – Mel de aroeira brasileiro é reconhecido mundialmente

Apicultor trabalhando na colmeia em área de aroeiras

Os produtores brasileiros de mel de aroeira estão em polvorosa, pois terão possibilidade de colocar seu produto por todo o globo

O Comitê para Desenvolvimento e Propriedade Intelectual (CDIP), uma entidade da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), sediada na Suíça, selecionou produtores mineiros de mel de aroeira para receber apoios técnico e financeiro.

Com isso, eles terão a chance de expandir seus negócios e dar visibilidade ao mel mineiro no mercado internacional.

Mel de aroeira especial

O produto em questão foi reconhecido por ser de alta densidade e por ter uma cor escura, além de conter compostos fenólicos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas, o que fortalece o sistema imunológico humano.

E o mel também foi considerado raro por não cristalizar facilmente e possuir propriedades fitoterápicas que ajudam no combate à gastrite.

O Norte de Minas, região em que estão concentrados os produtores selecionados, tem na apicultura uma fonte de renda e emprego para cerca de 1,2 mil famílias, em 64 municípios. São mais de cinco mil pessoas envolvidas na atividade, com 39 mil colmeias!

As expectativas de produtividade da região estão em 1.050 toneladas de mel por ano, sendo 650 da espécie silvestre e 400 da aroeira.

A Identificação Geográfica (IG) do mel de aroeira (Myracrodruon urundeuva) será ainda ampliada e melhorada e a produção será ampliada para outras floradas, como abacate, pequi, copaíba, betônica (urtiga comum – Stachys officinalis originária da Europa e Ásia) e também café.

Em fevereiro deste ano, os apicultores do Norte de Minas obtiveram o registro da Indicação Geográfica (IG) de Denominação de Origem (DO), um selo que reforça a qualidade do produto e traz reconhecimento pelo mercado e pelos consumidores.

Mel de aroeira – Ouro Negro no Norte de Minas

O mel de aroeira é um tipo de mel produzido a partir do néctar coletado em floradas da árvore de aroeira (Myracrodruon urundeuva), também conhecida como aroeira do sertão.

Os apicultores mineiros utilizam técnicas de manejo especiais para garantir que as abelhas e o mel não sejam contaminados por fontes próximas ao apiário, como resíduos e efluentes domésticos ou criações de animais confinados. Isso contribui para que o mel do Norte de Minas, especialmente o de cor âmbar escuro e alto teor de compostos fenólicos, seja distinguido pelas suas características e qualidades únicas.

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