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Área com aplicação de agrotóxicos cresce 9,2%

Pulverização mecanizada de agrotóxico em cultura de soja

Entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil registrou um aumento de 9,2% na área tratada com agrotóxicos, totalizando mais de 2 bilhões de hectares. A pesquisa foi encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) e conduzida pela Kynetec Brasil. O volume de produtos utilizados para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas cresceu 8,5% em relação ao ano anterior, com destaque para os inseticidas, que aumentaram 17%, e os fungicidas, com 15% de crescimento. A distribuição foi composta por herbicidas, com 45%, inseticidas e fungicidas, com 23% cada, tratamentos de sementes, com participação de 1%, e 8% de outros produtos (8%).

A análise utilizou a métrica de potencial de área tratada ou área tratada por produto (PAT), que leva em consideração o número de aplicações e produtos utilizados. A soja representou 56% da área tratada. O milho ocupa a segunda posição, com 16%, seguido pelo algodão, que corresponde a 8% da área tratada. A área tratada ainda é dividida por cultura entre pastagem (5%), cana (4%), trigo (3%), feijão (2%), hortifruti (2%), citros (1%), café (1%), arroz (1%) e outros (2%).

Abastecendo com agrotóxico o pulverizador acoplado ao trator

Em termos de valor de mercado, os consumidores finais pagaram US$ 18 bilhões em agrotóxicos em 2024, uma redução de 10,3% em comparação aos US$ 21 bilhões registrados em 2023. Ainda segundo o Sindiveg(https://sindiveg.org.br/), o aumento no uso de produtos químicos foi atribuído, em parte, à maior infestação de pragas como lagartas, cigarrinhas e mosca-branca, especialmente nas regiões de Mato Grosso e Rondônia, que concentraram 28% do valor de mercado. São Paulo e Minas Gerais responderam por 18%, BAMATOPIPA (15%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (11%), Paraná (10%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiânia e Distrito Federal (8%) e outras regiões (3%).

Para a safra 2024/25, a projeção é de um crescimento de 6% na área tratada, mantendo-se em torno dos 2 bilhões de hectares. A soja continuará sendo a principal cultura ocupando 55% do total, com expectativa de aumento de 7% na área tratada, com foco no combate a percevejos (4,9%) e lagartas (14,6%).

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