Um artista é, de modo geral, uma pessoa envolvida na produção de arte! Mas o que é arte? Essa definição tem variado imensamente ao longo dos séculos e nas diferentes culturas!
Pesquisas científicas tem consistentemente falhado na tentativa de enquadrar o que se entende por artista dentro de parâmetros fixos e de valor universal.
A verdade é que definir arte ou artista pelos conceitos científicos ou acadêmicos é, senão impossível, ao menos dificílimo, porque o que é arte para alguns, não é para outros. Então, somos obrigados a nos apoiar no que o poder e a mídia nos apresentam como arte!
E no momento em que as redes sociais espelham o que há de melhor e de pior (na maioria das vezes!) da nossa sociedade, somos obrigados a recorrer a nossas próprias definições e percepções sobre TUDO, inclusive, sobre o que é arte e quem são estes tais artistas.
A arte e o seu valor está intrinsicamente ligado à trajetória e ao legado social do artista.
Muitos costumam dizer: “Isso até eu faço!” “Um macaco com uma banana pode pintar esse quadro!” Apesar de ser realmente viável qualquer das afirmações – de que qualquer um pode reproduzir uma certa obra –, será que está na própria obra o valor que lhe dão?
É como os “engenheiros de obra pronta” ou certos jornalistas que nada mais fazem do que criticar e reclamar, sem em nada contribuir para o desenvolvimento de qualquer projeto que seja.
Jogar tinta numa tela, entortar um peça de metal ou até mesmo apresentar uma peça é “fácil”! Pode ser…
Mas o real valor está na forma como isto foi feito, no momento histórico em que se inseriu, nas dificuldades que o artista enfrentou para executar tal tarefa, sua posição histórica, política, antropológica que em certo momento o tornou único e “de vanguarda”. Eis o motivo de valor de uma arte ou de seu artista. A sua vida e como ele decifrou e revelou sua época! É assim que se identifica um grande artista.
Se quiser, leia a biografia de grandes talentos do teatro, da música, do cinema, das artes plásticas… Perceba que sua experiência extrapola as questões estéticas. Na realidade, estas últimas são apenas uma faceta da genialidade.
Mas, estamos num mundo extremamente volátil, cheio de incertezas, repleto de ambiguidades e absurdamente complexo. E tudo se torna meio nebuloso. Inconstante. Inseguro.
Então, somos obrigados a tentar explicar a arte e os artistas de outra forma.
Neste momento de isolamento, o que tem surgido como grandes ferramentas de tornar a vida menos tediosa, menos dolorida, menos mortalmente deprimentes?
A arte! São lives de músicos, de poetas, são encenações teatrais que se espalham pelas telas dos mais longínquos recantos… São os artistas que de alguma forma, para todos os gostos, transformam os piores momentos em algumas horas de prazer e relaxamento.
Lives. Que na acepção da palavra, significa VIDAS. Então, podemos dizer que estes artistas nos trazem um pouco da VIDA que não estamos vivendo. Uma vida de encontros, trocas, liberdades, esperanças, conhecimentos…
Enfim… Pensando assim, estes são os artistas. Aqueles que trazem alguma coisa que falta em nossas vidas turbulentas, velozes, pressionadas e, algumas vezes, sem graça! Se não fossem eles, não teríamos uma válvula de escape para a nossa vida que, na maioria das vezes, é como aquele quadro que qualquer um pode pintar. Sem valor. Sem aprendizado. Sem futuro.