Escrita em 1934, São Bernardo é parte de um grupo de obras pertencentes ao chamado Ciclo da Seca, que marcou o movimento Modernista da 2ª Geração (1930-1945)
A obra de Graciliano Ramos publicada em 1934 consiste na história de Paulo Honório, um homem simples mas ambicioso que acaba por se transformar num grande fazendeiro do sertão de Alagoas por meio de ações nada elogiáveis. Casa-se com Madalena para conseguir um herdeiro. Incapaz de entender a forma humanitária pela qual a mulher vê o mundo, ele tenta anulá-la com seu autoritarismo. Mas a vida vai dar o troco…
O romance se passa em plena Era Vargas. O narrador, Paulo Honório, usufrui de algumas benesses do poder, sustentando-o com seu dinheiro e seus favores. Desse modo, o poder é visto por dentro.
O fazendeiro Paulo Honório resolve escrever a história de sua vida. Da infância, pouco se recorda, desconhece as próprias origens, tendo sido criado pela doceira Margarida. Na juventude, esfaqueou um sujeito e ficou preso por quase quatro anos.
Na cadeia, aprendeu a ler e escrever. Tendo trabalhado na fazenda de São Bernardo, alimentava o sonho de um dia comprá-la.
Em busca da concretização desse desejo, submeteu-se a todo tipo de trabalho e remuneração. Passou a emprestar dinheiro a juros, que recuperava por vezes de forma violenta. O capanga Casimiro Lopes era o seu ajudante na função e acabou se tornando um companheiro da vida inteira. Fingindo amizade, deu péssimos conselhos a Luís Padilha, jovem herdeiro de São Bernardo e, depois de envolvê-lo em dívidas insolúveis, conseguiu adquirir a propriedade.
E por aí, segue a saga de Paulo Honório… Paramos por aqui para que você fique curioso e descubra toda a história deste clássico nacional.