As lesões musculares podem ocorrer durante exercícios intensos, treinamento inadequado ou atividades repetitivas no manejo da fazenda
Os equinos desempenham atividades variadas, podendo ser de trabalho em propriedades rurais ou como atletas em diversas competições. Como consequência, podem desenvolver diversas afecções musculoesqueléticas. Os quadros mais comuns incluem lesões musculares, distensões, entorses e até mesmo condições mais graves, como miosite e laminite.
As lesões musculares podem ocorrer durante exercícios intensos, treinamento inadequado ou atividades repetitivas. A artrite e osteoartrite são comuns, podendo ter como consequência a degeneração das articulações devido ao envelhecimento, lesões ou inflamação. Essas afecções podem causar dor, claudicação e limitações no desempenho do cavalo.
As afecções musculoesqueléticas são variadas e na maioria das vezes multifatoriais, mas algo bastante comum entre elas é o sinal clínico da dor. Por isso é de extrema importância que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para o correto tratamento do animal e investigação da possível causa da doença.
Os principais sinais clínicos podem variar dependendo da natureza e da gravidade da condição. Claudicação, rigidez muscular, atrofia muscular, dor à palpação, inchaço, alterações no padrão de movimento e comportamento alterado, são alguns sinais que o animal pode apresentar.
Lesões desta natureza estão entre as principais causas de perdas econômicas no ramo dos equinos atletas. Esses animais estão sempre submetidos a desempenhar o máximo de sua capacidade nos treinos e competições, e essa exigência exercida sobre suas fibras musculares tende a causar lesões que acabam os afastando da atividade.
O tratamento adequado, além de ser essencial para sua recuperação rápida, também evita o risco de sequelas, e pode possibilitar que o animal volte a desempenhar suas atividades normalmente. Para o diagnóstico, é importante consultar um veterinário especializado para realizar uma avaliação clínica, que inclui histórico médico, exame físico, palpação muscular, testes de flexão, radiografias, ultrassonografia e, em alguns casos, ressonância magnética. A combinação dessas ferramentas ajuda a identificar a causa subjacente da afecção musculoesquelético para o plano de tratamento correto.
Para auxiliar os criadores na prevenção de problemas musculares nos equinos, a aplicação de anti-inflamatório não esteroide pode ser uma alternativa. Considerado inibidor seletivo da ciclo-oxigenase, bloqueia a biossíntese das prostaglandinas e, consequentemente, a liberação dos mediadores inflamatórios. O medicamento possui também propriedades antipirética e analgésica, sendo indicado para o tratamento da inflamação aguda, febre e dor associadas às injúrias musculoesqueléticas, teciduais ou viscerais.
Lembre-se: é sempre importante a orientação de um médico veterinário
Fonte: Fernando Santos (médico-veterinário da Syntec do Brasil)