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Carreta sendo carregada com milho picado para silagem

Cepa MTD/1 pode ser sua aliada na alta produtividade de leite

O principal objetivo da produção de silagem é preservar o máximo possível do valor nutricional da planta. Sendo assim, se você busca aumentar a eficiência do processo de fermentação e conservação da sua silagem, os aditivos são a resposta para ajudar a garantir a estabilidade aeróbica da forragem.

Existem somente duas espécies de bactérias ácido lácticas que podem apoiar e são essenciais para atingir esses objetivos descritos acima.

A primeira delas é a Lactobacillus plantarum, para eficiência de fermentação, e a segunda Lactobacillus buchneri, para deterioração aeróbica. Obter domínio rápido e completo da fermentação da silagem por bactérias ácido láticas é o caminho para se obter uma forragem de alta qualidade, com maior preservação de nutrientes.

Tratorista manejando a picagem do milho para a carreta

A maioria dos inoculantes aplicam grande número de cepas de bactérias, especialmente selecionadas, dominando a população natural e conduzindo uma fermentação adequada, rapidamente. Mas nem todos os inoculantes são igualmente bons. Grande parte dos inoculantes possui Lactobacillus plantarum, mas o fato é que a maioria das cepas existentes nele acabam por não funcionar bem quando utilizadas em um pH de gramíneas frescas ou especificamente o milho, por exemplo. Para que ocorra uma ação efetiva, o pH precisa diminuir para 5. Além disso, a maioria dos inoculantes encontrados no mercado, têm necessidade de cepas auxiliares para iniciar o processo de fermentação.

Existem inoculantes que trazem em sua estrutura L. plantarum cepa MTD/1, uma cepa incomum, com características únicas. Dessa forma, esse inoculante deverá agir também em situações onde encontramos uma faixa ampla de pH da silagem, que vai de números acima de 6,8 e abaixo de 4, e sem a necessidade de uma cepa auxiliar para iniciar a fermentação, promovendo multiplicação de do início ao fim do processo.

Produtor com um punhado de silagem nas mãos

As cepas MTD/1 são tão incomuns que dominam a fermentação de forma mais rápida. Quanto mais rápido o pH cair, observa-se uma maior preservação de nutrientes, conservação da matéria seca e proteína verdadeira, razões que ajudam a aumentar a produção de leite dos animais.

Mas, ter a bactéria certa trabalhando para a qualidade da sua silagem é somente uma parte do caminho. A maioria dos inoculantes contém bactérias liofilizadas, um processo que preserva sua estrutura até que se adicione água para sua reativação. Vale ressaltar que as bactérias são organismos vivos e sujeitos a vários fatores estressantes durante o processo de fabricação e armazenamento, que afetará sua taxa de recuperação.

Técnicas de fabricação insuficientes geralmente se refletem em armazenamento inadequado e na vida útil da mistura no tanque de fabricação. Afinal, isso é o que vai garantir a recuperação e a sobrevivência das bactérias quando ensiladas. Vários estudos independentes têm demonstrado que produtos bem conhecidos do mercado não atingiram as taxas de aplicação ideais, alguns com problemas graves.

Vacas de leite se alimentado de silagem

Se o produtor tiver problema na silagem em virtude da deterioração aeróbia, por causa do tipo de cultura, má consolidação, manejo do silo, ou baixa remoção de alimento em ambientes com altas temperaturas, precisará buscar alternativas para alterar o perfil de ácido da fermentação da silagem. Para estas situações, existe inoculante com a cepa PJB/1, Lactobacillus buchneri, que converte um pouco de ácido lático produzido pelo Lactobacillus plantarum em ácido acético, inibindo assim o crescimento de leveduras e mofos que causam deterioração aeróbica, quando a silagem é exposta ao ar.

Escolher o inoculante ideal para o seu negócio é importante para o aumento do valor nutritivo da forragem a ser ensilada. Escolha com cautela e sempre tenha em mente qual o seu objetivo durante o processo de ensilagem. Procure auxílio técnico quando for tomar a decisão na elaboração da silagem.

Fonte: Nathaly Carpinelli – Bióloga, Técnica em Ciência da Alimentação

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