O país possui 10,4% das espécies desconhecidas do mundo, seguido da Colômbia (5,2%), da Indonésia (5%) e de Madagáscar (4,6%). Estes dados devem orientar políticas de conservação ambiental mais eficazes
O ranking foi criado a partir de análises de dados que levam em conta características das regiões onde foram descobertas 32 mil das 35 mil espécies de vertebrados terrestres já catalogadas (três mil, descritas a partir de 2014, foram excluídas da análise por ainda serem pouco estudadas).
Entre as características analisadas, estão fatores climáticos (precipitação, umidade, temperatura…) e fatores geográficos (região, altitude, densidade demográfica…). Foram analisados também elementos ligados às espécies em si, como o tamanho do animal e a abrangência de sua distribuição geográfica.
A pesquisa aponta que o bioma brasileiro onde mais devem ocorrer descobertas é a Mata Atlântica (leia a matéria Biodiversidade – Frutas da Mata Atlântica), mas é claro que, na Amazônia, também há muito a se descobrir.
A espécies descobertas têm alto valor ecológico pois atuam como polinizadores, no combate a doenças e pragas ou realizam algum controle biológico. Além disso, podem ser utilizadas na produção de alimento.
Desmatamento, o maior vilão – de novo!
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam que, entre agosto de 2019 e julho de 2020, só na Amazônia 11.088 km² de floresta foram derrubados. É a maior área desmatada da última década.
Na contramão deste cenário, a catalogação de espécies pode ajudar a frear o desmatamento, ao orientar políticas de conservação como a criação de reservas ambientais. Outro obstáculo para as novas descobertas é a falta de investimento em pesquisas científicas e infraestrutura universitária.
A RuraltecTV está à disposição para a publicação de pesquisas que contribuam com o agronegócio consciente, sustentável e que atenda as demandas de uma sociedade mais saudável e justa.
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