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BlogFauna Ruraltectv – Tamanduá Bandeira

Tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla)

Considerado um ‘fóssil vivo’, pesquisadores acreditam que o animal tenha mais de 30 milhões de anos. É um animal importante para o equilíbrio do meio ambiente – ele faz o controle de formigas e cupins – e a vulnerabilidade da espécie preocupa os pesquisadores. Um terço da população desapareceu nos últimos 25 anos.

Os tamanduás não são agressivos, mas podem ser ferozes. Um tamanduá encurralado se ergue sobre as patas traseiras, usando a cauda para se equilibrar, e ataca com suas garras perigosas. As garras do tamanduá bandeira têm cerca de 10 cm de comprimento, e o animal pode lutar até contra uma onça-parda (suçuarana) ou onça-pintada. É o animal que possui a língua mais longa em relação ao tamanho de seu corpo. Ela tem cerca de 60 cm de comprimento.

A espécie vem sofrendo muito nas últimas décadas com a perda de seu habitat. A principal causa é o desmatamento decorrente da expansão das atividades de pecuária, agricultura e indústrias. Com isso, as áreas em que vive são devastadas e sua alimentação torna-se cada vez mais escassa.
 
Além disso, a caça ilegal e o atropelamento desses animais tem contribuído para a diminuição da espécie. Os incêndios nas florestas também tem sido um fator determinante para o aumento do risco de extinção.

TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla)
 
Características – também chamado iurumi, jurumim, tamanduá-açu, tamanduá-cavalo, papa-formigas-gigante e urso-formigueiro-gigante, é o maior representante das espécies de tamanduás. Chegando a medir 1,30 m (fora a cauda) e pesar aproximadamente uns 25 Kg, precisa comer muitos milhares de insetos por dia para sustentar seu corpo. É um animal desdentado, com uma boca tão pequena, que mal chega a 2 cm de diâmetro, e totalmente desprovida de dentes, o tamanduá não pode comer muita coisa além de insetos.
Sua pelagem é grossa, dura e mais longa na cauda, cinza com uma diagonal preta bordejada de branco, estendendo-se até o peito, sobre os ombros em direção às costas. A enorme cauda é um tufo de pelos, bem característica e, por se assemelhar a uma bandeira, permitiu com que esse animal fosse chamado pelo curioso nome. Tem as patas providas de longas garras e sua língua mede de 30 a 40 cm, que serve para capturar seu alimento. Seu olfato, 40 vezes mais eficiente que o do homem, compensa sua visão deficiente. Não há dimorfismo sexual entre macho e fêmea.
Habitat – campos e florestas
Ocorrência – América Central e América do Sul
Hábitos – hábito solitário. Raramente é visto aos pares, exceto durante a amamentação ou o acasalamento. São animais não territoriais mas costumam vagar por uma área de aproximadamente de 9.000 ha. São ativos durante o dia e à noite, dependendo da temperatura do ambiente, das chuvas e da proximidade com núcleos urbanos. Nadam bem e apesar desta espécie de tamanduá não ser tipicamente escaladora de árvores, escalam muito bem quando em fuga ou em situações de perigo. Suas garras grandes e fortes servem para remover a dura terra dos cupinzeiros e rasgar troncos de árvores onde contenham formigueiros.
Também servem para defesa, o tamanduá dá um abraço forte onde finca as unhas no agressor, daí a expressão abraço de tamanduá. Com sua língua comprida e pegajosa, ele captura centenas de formigas e cupins. Dorme enrolado coberto por sua cauda, auxiliando na camuflagem e na conservação de sua temperatura corporal. Em caso de enchente ele sabe nadar. Sua marcha é vagarosa, dificultada pelas garras que são voltadas para dentro, evitando o desgaste das unhas no contato com o solo. Um tamanduá bandeira chega a devorar mais de 30.000 insetos por dia. Os cupins removem o subsolo e o utilizam para a construção de sua casa. Durante este processo, nas paredes dos termiteiros são fixados nutrientes não encontrados na superfície. Além disto, a atividade dos cupins no interior de seu ninho incorpora muita matéria orgânica. Quando o termiteiro é destruído pelo tamanduá, os nutrientes e matéria orgânica são espalhados pela superfície e aproveitados por microorganismos e plantas, renovando a biomassa do Cerrado.
Alimentação – insetívoro. De vez em quando assalta algum ninho e quebra os ovos para lamber-lhes o conteúdo. Mas o alimento básico são mesmo cupins e formigas.

Reprodução – gestação de 190 dias, gerando 1 cria com cerca de 1,3 Kg. A mãe carrega seu filhote nas costas até um pouco depois do desmame (de 6 a 9 meses). Ela o acompanha até a próxima gestação, quando então o filhote passará a viver sozinho.
Predadores naturais – onça e suçuarana
Ameaças – sua extinção deve-se à destruição de seu habitat, à caça e queimadas. Já foi extinto no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

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