Ao observar a floresta pelo alto, é possível perceber o quanto o jequitibá se destaca dentre as demais árvores vizinhas. Se o seu porte é enorme, o oposto ocorre com suas pequenas flores amarelas.
É uma espécie extremamente longeva, com indivíduos que podem atingir mais de 500 anos. Há estimativas de que esta espécie tenha sofrido um declínio populacional de 50% nos últimos 300 anos.
JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis)
Ocorrência – de Pernambuco a São Paulo e de Mato Grosso do Sul a Goiás
Outros nomes – jequitibá-vermelho, pau-carga, sapucaia-de-apito, pau-de-cachimbo, jequitibá cedro, jequitibá de agulheiro, estopa, jequitibá grande, pau caixão, congolo de porco, caixão.
Características – árvore semidecídua muito alta com 30 a 50 m de altura, tronco retilíneo, cilíndrico, com casca muito grossa, pardacenta, rígida, profundamente sulcada, de 0,70 a 1,00 m de diâmetro costumeiramente. Exemplares centenários são comuns em muitas matas, onde a altura pode se aproximar dos 55 m e o diâmetro na base do tronco pode ultrapassar 2 m. É uma das árvores mais altas da flora brasileira e certamente a mais alta da Mata Atlântica. Folhas membranáceas, alternas, simples, oblongas, com bordos ligeiramente serreados e base da lâmina foliar com pequena dobra voltada para a face inferior, de 4 a 7 cm de comprimento que adquirem tonalidades róseo-avermelhadas quando novas.
Habitat – mata atlântica clímax e nas florestas estacionais semideciduais do Mato Grosso do Sul a Goiás.
Propagação – sementes
Madeira – madeira leve, macia, superfície irregularmente lustrosa e um pouco áspera, de baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos quando exposta em condições adversas.
Utilidade – madeira usada para construção civil em obras internas como assoalhos e esquadrias , para confecção de contraplacados, móveis, brinquedos, lápis, salto de calçados, cabos de vassouras, etc. Suas sementes são o alimento preferido dos macacos. O tanino de sua casca é empregado no curtimento de couros, e sua casca também tem grande poder desinfetante.
Frutificação – agosto a novembro
Ameaças – ameaçada de extinção, em decorrência tanto da exploração madeireira quanto da destruição do seu habitat.
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