Você sabia que as abelhas, juntamente com outros polinizadores, como borboletas, pássaros, entre tantos outros animais são a razão pela qual as plantas podem produzir sementes e se reproduzir?
A agricultura, em especial, depende dos polinizadores. Tudo o que nos alimenta e a biodiversidade do planeta depende dos polinizadores.
Aproveitando o clima tenso, quase de terror cinematográfico, que as vespas mandarinas (Vespa mandarina) ou vespas gigantes asiáticas ou vespas assassinas estão causando no mundo, vamos falar um pouco mais sobre o risco da redução das populações de polinizadores que se apresenta atualmente e como as inovações e novas tecnologias podem nos ajudar neste caso.
Fato: a população de polinizadores está diminuindo, trazendo grande preocupação para o mundo científico. E para os meros humanos, como nós, claro.
No entanto, há pesquisadores que fazem uso da inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e big data para trabalhar no problema e apontam perspectivas de reverter esta tendência.
As causas do problema
De acordo com a Plataforma de Ciência Política Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES), diversas são as razões pelas quais polinizadores estão sendo levados à extinção:
- destruição de habitat;
- urbanização;
- uso de pesticidas;
- poluição;
- fragmentação de habitats de floração natural;
- predadores e parasitas;
- mudanças climáticas.
Por que salvar as abelhas?
35% das culturas alimentares e três quartos das plantas com flores do mundo dependem de abelhas e polinizadores.
Para se ter uma ideia, para garantir que a colheita de amêndoas seja polinizada na Califórnia a cada ano, a maioria das colmeias nos Estados Unidos é enviada para a Califórnia para garantir isso.
Abelhas ajudam a polinizar
90% dos principais tipos de culturas globais,
incluindo árvores frutíferas, café,
baunilha e plantas de algodão.
Outro serviço à humanidade é prestado pelos polinizadores, em especial pelas abelhas, levando em conta os dados acima: plantas saudáveis são essenciais para reabastecer nosso suprimento de oxigênio graças à fotossíntese. E este processo ocorre graças a? Às abelhas e polinizadores. Ou seja, a qualidade do ar que respiramos é estritamente ligado ao trabalho desta população.
Caso os polinizadores não executem seu trabalho de forma constante e eficiente, a produção agrícola global, a segurança alimentar, a biodiversidade e o nosso ar entrarão em colapso.
E o que a tecnologia tem a ver com isso?
A utilização de sensores, incluindo microfones e câmeras, alertam sobre predadores invasores e coletam dados das abelhas e colmeias.
As principais métricas da saúde de uma colmeia podem ser obtidas por meio dos sons que ela produz. “Ouvir” as colmeias é caminho para determinar saúde, força e comportamento das colônias. Outras informações auxiliam nestes parâmetros: temperatura, umidade, condições climáticas dos apiários e peso da colmeia.
Os dados são alimentados em programas de inteligência artificial que trabalham para analisá-los. Os algoritmos procuram padrões e tentam prever comportamentos da colmeia, como se ela estivesse se preparando para enxamear. As observações são compartilhadas com os apicultores e conservacionistas e eles podem intervir para proteger as colmeias.
Por ser uma rede conectada globalmente, os algoritmos também podem aprender mais sobre as diferenças nas colônias de abelhas em diferentes áreas do mundo.
A tecnologia está ajudando a multiplicar o impacto destas observações em todo o mundo, auxiliando na tomada de decisões e medidas para salvar as abelhas de forma rápida e eficaz.
