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Cães-guia – Autonomia e segurança para deficientes visuais

Cão guia da raça labrador

Exploraremos o treinamento, as responsabilidades e as raças mais adequadas para essa função essencial. Ao mesmo tempo, discutiremos a importância desses cães dentro do contexto de inclusão social e como eles ajudam a superar as barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam diariamente.

O que é um cão-guia?

Um cão-guia é treinado especificamente para ajudar pessoas com deficiência visual a navegar em seus ambientes. Esses cães são treinados para evitar obstáculos, sinalizar mudanças no terreno, como degraus ou buracos, e atuar como os olhos de seus donos em espaços públicos. Além de proporcionar mobilidade, os cães-guia também oferecem companhia, contribuindo significativamente para a qualidade de vida e independência de seus donos.

História dos cães-guia

A parceria entre cães e seres humanos na assistência à navegação para pessoas cegas remonta à idade média. No entanto, foi durante a Primeira Guerra Mundial que esta atividade canina realmente se desenvolveu, quando foi criada a primeira escola de cães-guia, devido ao fato de muitos soldados alemães terem ficado cegos durante o conflito.

Esses animais são treinados rigorosamente para discernir entre ambientes seguros e perigosos, uma habilidade que os torna companheiros indispensáveis.

Cães guia em ação na década de 40 nos Estados Unidos

Na década de 1950, essa prática chegou ao Brasil, onde hoje estima-se que existam cerca de 150 cães-guia para mais de um milhão de pessoas com deficiência visual severa. A escassez de cães-guia no Brasil pode ser atribuída ao número limitado de treinadores especializados e ao alto custo de treinamento desses animais.

Funções de um cão-guia

Os cães-guia desempenham uma série de funções vitais que vão além de simplesmente guiar uma pessoa por caminhos físicos. Eles são treinados para oferecer suporte em diversas situações do dia a dia, garantindo segurança e facilitando a mobilidade de seus donos. Aqui estão algumas das principais funções que um cão-guia realiza:

  1. Navegação e orientação: O papel principal de um cão-guia é ajudar seu dono a se locomover de forma segura em ambientes diversos, desde calçadas movimentadas até áreas internas como shoppings e escritórios. Eles são treinados para evitar obstáculos baixos e altos que podem apresentar riscos.
  2. Sinalização de perigos: Além de evitar obstáculos, cães-guia são treinados para alertar sobre perigos iminentes como veículos em movimento ou buracos na calçada. Eles também ajudam a identificar mudanças no relevo, como escadas e rampas.
  3. Acesso público: Com treinamento especial, cães-guia são capazes de acessar lugares públicos onde animais de estimação normalmente não são permitidos. Isso inclui transportes públicos, restaurantes, e outros estabelecimentos, assegurando que a pessoa com deficiência possa participar mais ativamente da sociedade.
  4. Suporte emocional: A presença constante de um cão-guia também oferece benefícios emocionais significativos. Eles proporcionam companhia, reduzem a ansiedade e aumentam a confiança de seus donos, facilitando interações sociais e diminuindo a sensação de isolamento.
  5. Atuação em emergências: Em situações de emergência, cães-guia são treinados para buscar ajuda ou levar seus donos a um local seguro, agindo de maneira calma e orientada.
Cão guia em ação conduzindo um deficiente visual

Responsabilidades de um cão-guia

Os cães-guia são treinados para assumir várias responsabilidades que garantem a segurança e bem-estar de seus donos. Aqui estão as principais responsabilidades de um cão-guia:

  1. Posicionamento e condução: O cão-guia deve caminhar consistentemente ao lado esquerdo do dono, mantendo uma linha reta e posicionando-se alguns passos à frente. Este posicionamento permite que o cão antecipe e evite obstáculos de maneira eficaz.
  2. Comando e obediência: Estes cães são treinados para seguir comandos específicos, mas também têm a capacidade de desobedecer um comando se perceberem que a ação poderia colocar o dono em perigo. Por exemplo, se um comando de ‘andar’ for dado, mas houver um carro se aproximando, o cão recusará mover-se até que seja seguro.
  3. Foco no trabalho: Durante o serviço, o cão-guia deve manter foco total, evitando distrações como comida, outros animais ou interações sociais. Eles aprendem a ignorar esses estímulos para concentrar-se exclusivamente em suas tarefas.
  4. Sinalização de obstáculos e perigos: O cão deve alertar sobre qualquer obstáculo ou perigo iminente, como escadas, buracos ou tráfego intenso, garantindo que o dono possa reagir adequadamente e manter-se seguro.
  5. Entrada e saída de veículos: Eles também são ensinados a ajudar seus donos a entrar e sair de veículos de forma segura, garantindo que ambos estejam posicionados corretamente e prontos para prosseguir a jornada.
  6. Atenção ao ambiente: Além de guiar, é essencial que o cão-guia esteja sempre atento ao ambiente, adaptando-se a mudanças e garantindo uma navegação segura em todos os momentos.

Essas responsabilidades demonstram a complexidade do treinamento e a importância vital dos cães-guia para a independência de pessoas com deficiência visual.

O treinamento de um cão-guia tem início com a socialização do
filhote escolhido a dedo como o mais calmo da ninhada

Como um cão-guia é treinado?

O processo de treinamento de um cão-guia é meticuloso e dividido em várias etapas para garantir que os cães estejam totalmente preparados para suas responsabilidades. Vamos explorar os cinco módulos básicos de treinamento:

  1. Treinamento básico de obediência: Antes de tudo, os cães-guia passam por um treinamento básico de obediência, que inclui comandos simples como ‘sentar’, ‘ficar’, ‘vir’ e ‘andar ao lado’. Essa fase é crucial para estabelecer uma base sólida para os treinamentos mais avançados.
  2. Habilidades de navegação: No primeiro módulo específico para cães-guia, eles aprendem a caminhar em linha reta ao lado esquerdo de seu dono, mantendo uma distância apropriada para guiar efetivamente sem puxar a guia. Eles também são treinados para evitar obstáculos de todas as alturas.
  3. Subir e descer escadas: No segundo módulo, os cães são ensinados a lidar com escadas. Eles aprendem a iniciar e parar no início e no fim das escadas, garantindo que o dono esteja ciente da mudança de nível do solo.
  4. Desviar de obstáculos e manter-se na calçada: O terceiro módulo envolve ensinar o cão a desviar de obstáculos de forma segura e eficaz. Eles também aprendem a manter-se sempre na calçada, evitando entrar na rua, exceto quando necessário para atravessar.
  5. Atravessar a rua e entrar/sair de veículos: No quarto módulo, os cães aprendem a atravessar a rua de maneira segura. Eles são ensinados a encontrar faixas de pedestres e a responder aos sinais de trânsito, aguardando comandos para cruzar. O quinto e último módulo inclui treinamento para entrar e sair de veículos de forma segura, garantindo que ambos, cão e dono, estejam sempre seguros durante o trânsito.

Este treinamento extenso garante que o cão-guia possa responder a uma variedade de situações e ambientes, proporcionando uma assistência efetiva e segura para seu dono.

Cão em período de instrução

Quem precisa de um cão-guia?

Cães-guia são treinados para auxiliar pessoas com deficiência visual, no entanto, nem todos os indivíduos com deficiência visual podem ou optam por usar um cão-guia. Vamos explorar quem se beneficia mais do uso de um cão-guia:

  1. Pessoas com deficiência visual severa: Principalmente aqueles que são completamente cegos ou têm visão muito limitada se beneficiam do uso de cães-guia. Estes cães ajudam a navegar em ambientes que podem ser desafiadores apenas com o uso de uma bengala.
  2. Indivíduos ativos e com mobilidade: Pessoas com um estilo de vida ativo que gostam de sair e se envolver em atividades diversas são candidatos ideais para um cão-guia, pois o animal pode ajudar a manter o ritmo e garantir a segurança em diferentes ambientes.
  3. Aqueles que buscam maior independência: Para muitas pessoas com deficiência visual, a dependência de outros para a navegação é uma barreira significativa. Um cão-guia pode oferecer a independência de se movimentar sem a necessidade constante de assistência humana.
  4. Pessoas que estão bem adaptadas à sua deficiência: Idealmente, candidatos a cães-guia devem estar confortáveis com sua deficiência visual e possuir habilidades de orientação e mobilidade. Eles precisam estar aptos a dar comandos e cuidar de um cão.
  5. Aqueles comprometidos com o cuidado de um animal: Ter um cão-guia requer um compromisso de longo prazo com o cuidado do animal, incluindo alimentação, exercícios, cuidados veterinários e higiene. Candidatos devem estar preparados para integrar essas responsabilidades em suas vidas diárias.

Os cães-guia são mais do que ajudantes; eles são companheiros leais que oferecem suporte emocional e prático. No entanto, é importante que os candidatos considerem seriamente suas capacidades e estilo de vida antes de optar por um cão-guia, garantindo que a parceria seja bem-sucedida e benéfica para ambos.

Cão guiando seu tutor numa escada rolante

Onde encontrar um cão-guia para deficientes visuais?

Encontrar um cão-guia qualificado e bem treinado é um processo que envolve pesquisa e paciência. No Brasil, há várias instituições dedicadas à formação de cães-guia. Esses centros não apenas treinam os cães mas também garantem que sejam emparelhados adequadamente com seus futuros donos. Aqui estão alguns dos principais lugares onde você pode encontrar um cão-guia:

  1. Instituto IRIS (São Paulo): Este instituto é conhecido por seu programa dedicado ao treinamento de cães-guia. Eles também oferecem suporte contínuo aos donos dos cães, assegurando uma transição suave e um relacionamento duradouro.
  2. Instituto Adimax (Sorocaba): Localizado em Sorocaba, este instituto é outro centro líder na formação de cães-guia no Brasil. Eles têm um rigoroso programa de treinamento e uma forte ênfase na qualidade de vida dos animais.
  3. Helen Keller (Balneário Camboriú): Este centro oferece treinamento especializado e também trabalha para educar o público sobre a importância dos cães-guia.
  4. Instituto Carioca de Cão-Guia (Rio de Janeiro): Focado em melhorar a mobilidade das pessoas com deficiência visual no Rio de Janeiro, este instituto é reconhecido por sua excelência no treinamento de cães-guia.
  5. Projeto Cão-Guia DF (Brasília): Servindo a capital do país, este projeto tem como objetivo fornecer cães-guia treinados para ajudar na mobilidade das pessoas cegas ou com visão reduzida em Brasília.
  6. Viver Sem Limites: Este é um projeto do governo que colabora com os Institutos Federais para fornecer cães-guia. Eles fazem parte de uma iniciativa mais ampla para aumentar a acessibilidade e a independência para pessoas com deficiência.

Além desses centros, existem várias outras instituições e iniciativas em todo o país. É importante entrar em contato com essas organizações para entender melhor seus processos de aplicação e elegibilidade.

Belo exemplar de cão guia da raça labrador

Quanto custa ter um cão-guia?

Possuir um cão-guia envolve diversos custos, não apenas financeiros, mas também de tempo e dedicação para o cuidado adequado do animal. Vamos explorar os principais aspectos financeiros relacionados à posse de um cão-guia:

  1. Custo de aquisição: Normalmente, cães-guia são fornecidos gratuitamente por instituições especializadas através de doações e apoio de patrocinadores. Essas organizações cobrem os custos iniciais de treinamento e preparação dos cães, que podem ultrapassar R$ 35.000,00.
  2. Custos de manutenção: Apesar de a aquisição ser geralmente gratuita, os donos são responsáveis pelos custos de manutenção, que incluem alimentação de qualidade, cuidados veterinários regulares (vacinações, exames, tratamentos preventivos), acessórios como coleiras e camas, e gastos gerais com higiene e cuidado.
  3. Despesas veterinárias: Cuidados veterinários podem incluir visitas regulares para check-ups, tratamentos para eventuais problemas de saúde, e procedimentos de emergência. É prudente considerar a contratação de um seguro saúde para o animal para cobrir possíveis despesas médicas.
  4. Treinamento contínuo e suporte: Alguns donos optam por cursos de reciclagem ou suporte contínuo para garantir que o cão mantenha suas habilidades e comportamento. Isso pode incluir sessões periódicas com treinadores especializados.
  5. Imprevistos e viagens: Outros custos podem surgir com viagens ou necessidades imprevistas, como a compra de equipamentos especiais ou despesas de viagem que incluam o cão.

É importante que os interessados em ter um cão-guia considerem todos esses aspectos e planejem financeiramente para garantir que podem oferecer uma vida plena e saudável para o animal. Possuir um cão-guia é um compromisso de longo prazo que vai além do investimento inicial.

Melhores raças de cão-guia

A escolha da raça do cão-guia é crucial para garantir que as necessidades do dono sejam atendidas de forma eficaz. Algumas raças são especialmente treinadas para essa função devido às suas características físicas e comportamentais. Aqui estão as raças mais comumente utilizadas como cães-guia:

Labrador retriever

1-Labrador retriever: Conhecido por sua inteligência, boa natureza e capacidade de trabalho, o labrador retriever é uma das raças mais populares para cães-guia. Eles são adaptáveis, amigáveis e têm um excelente temperamento para o trabalho com pessoas. Ele é o cão-guia mais visto nas ruas.

É vista como uma das raças mais companheiras e amigas do homem. Historicamente trabalhava como ajudante do pescador. O labrador hoje é uma das raças mais populares é comumente visto em buscas e salvamentos. É bastante ativo, gosta de correr, nadar e praticar muitos outros exercícios. São conhecidos por seu temperamento amável ​​e sua paciência e encabeçam a lista dos cães mais inteligentes e fáceis de adestrar.

Golden Retriever

2-Golden retriever: Semelhante ao labrador em muitos aspectos, o golden retriever é igualmente popular como cão-guia. Eles são conhecidos por sua paciência, inteligência e habilidade de se concentrar em tarefas, além de serem extremamente leais e amigáveis.

São geralmente tão amáveis com os estranhos como com os mais familiares. O típico golden retriever é calmo, naturalmente inteligente e obediente, com uma ânsia de agradar excepcional. A maioria dos goldens são de alta energia e precisam de muito exercício, como a agilidade do cão. É um dos melhores cães classificados por treinabilidade e obediência. Esses cães também são famosos por sua paciência com as crianças.

Os golden retrievers adultos têm amor ao trabalho e têm uma grande habilidade para se concentrar em uma tarefa. Eles aparentemente trabalham até ao colapso, por isso o cuidado deve ser tomado para evitar a sobrecarga de trabalho deles.

A raça é particularmente valorizada pelo seu alto nível de sociabilidade com as pessoas, por sua calma e sua vontade de aprender. Também atuam como cães de busca e salvamento.

Pastor alemão

3-Pastor alemão: Esta raça é valorizada por sua força, inteligência e capacidades de trabalho. Os pastores alemães são protetores e têm um alto nível de energia, o que os torna adequados para pessoas com estilos de vida mais ativos. É considerado um cão fiel, atento, seguro, autoconfiante, equilibrado, inteligente e altamente destemido. Fácil de adestrar, tem boa convivência com crianças da família e outros cães, desde que socializado.

É reservado com estranhos e bastante alerta, não recua mediante ao perigo mesmo sob forte agressão inclusive de armas de fogo ou explosivos, qualidades que lhe favorecem a função de guarda, da qual não raramente são citados por muitos como os mais eficientes.

Animais da raça border collie

4-Border collie: Embora menos comum, o border collie é altamente inteligente e capaz de realizar tarefas complexas, o que pode ser muito útil em ambientes urbanos complexos. Eles são rápidos para aprender e sempre prontos para trabalhar.

O border collie precisa de exercícios físicos diários e estimulação mental, devido a sua grande energia, seu instinto para a caça e sua grande necessidade de trabalhar. É considerada uma das raças mais inteligentes de cães. Em janeiro de 2011, uma pesquisa mostrou que essa raça pode aprender 1.022 palavras e ações. Os border collies frequentemente participam e se destacam em eventos de pastoreio, competições de obediência, agility, rally e rastreamento, além de esportes como disco e flyball.

Boxer

5-Boxer: Os boxers são conhecidos por sua lealdade e proteção. Eles são fortes e vigorosos, com uma boa dose de paciência e um temperamento amigável, o que pode ser ideal para cães-guia.

São excelentes cães de guarda e de companhia também. O boxer deve ter nervos firmes, ser seguro, tranquilo e equilibrado. Sua ligação e fidelidade para com seu dono e sua família, sua vigilância e sua intrépida coragem são conhecidas há muito tempo.

Ele é dócil no meio familiar, mas desconfiado com estranhos. Alegre e afetuoso na brincadeira, contudo destemido quando a situação é séria. Fácil de ser treinado graças a sua inteligência, docilidade, segurança, coragem e mordacidade natural. Gostam de estar perto dos donos, mas não é uma raça que exige estar sempre perto e atenção total.

Ao longo dos anos o boxer tem desempenhado várias funções, como cão militar, cão policial, cão de guarda, cão de caça pesada e cão de companhia.

Poodle

6-Poodle: Os poodles são escolhidos por suas habilidades cognitivas e pelo fato de serem hipoalergênicos, o que é uma vantagem para donos com alergias. Eles são inteligentes e adaptáveis, com uma capacidade excepcional de serem treinados.

O cão da raça poodle costuma apresentar temperamento dócil e obediente, identificação com crianças e brincalhão. De fácil adestramento, foi citado em “A Inteligência dos Cães como a 2ª raça mais inteligente do mundo, somente atrás do border collie.

Fiel e companheiro. Gosta e necessita muito de companhia, principalmente da do dono. Portanto, são ótimos como cães de companhia. Carinhoso com o dono e pessoas conhecidas. Sente grande ciúme de pessoas desconhecidas e outros cães.

Outras raças que podem servir como cães-guia são o Pastor Australiano e o Husky Siberiano, embora não seja tão comum vê-los nessa função. São inteligentes e têm boa capacidade de trabalho, mas podem exigir dos donos uma razoável experiência em lidar com raças mais enérgicas.

Cada uma dessas raças traz qualidades únicas para o papel de cão-guia, e a escolha depende das necessidades individuais e do estilo de vida do dono. É importante que o processo de emparelhamento considere tanto as características da raça quanto as preferências pessoais do usuário.

Curiosidades sobre o cão-guia

Os cães-guia são mais do que simplesmente animais de assistência; eles são companheiros incríveis com características e habilidades fascinantes. Aqui estão algumas curiosidades que muitas pessoas podem não conhecer sobre esses cães extraordinários:

  1. Aposentadoria dos cães-guia: Cães-guia geralmente se aposentam por volta dos 8 a 10 anos de idade, dependendo da saúde e do vigor do cão. Após a aposentadoria, eles podem continuar a viver com seus donos ou serem adotados por outras famílias.
  2. Direitos de acesso: Cães-guia têm direito legal de entrar em todos os tipos de estabelecimentos públicos e privados, o que inclui restaurantes, lojas, hotéis e até mesmo cabines de avião. Este direito é protegido por lei em muitos países, incluindo o Brasil.
  3. Viajar com cães-guia: É permitido viajar com cães-guia em muitos modos de transporte público, incluindo aviões. As companhias aéreas geralmente têm políticas específicas para acomodar cães-guia sem custos adicionais.
  4. Interagir com um cão-guia em serviço: É importante não distrair um cão-guia enquanto ele está trabalhando. Interagir com um cão-guia sem o consentimento do dono pode colocar tanto o cão quanto o dono em risco, pois isso pode tirar o foco do cão de suas responsabilidades.
  5. Treinamento especial: Durante o treinamento, os cães-guia aprendem a diferenciar entre o tempo de trabalho e o tempo de lazer por meio de sinais como o uso de seu arnês. Quando o arnês está posto, eles sabem que é hora de trabalhar e se concentrar totalmente em suas tarefas.
  6. Cuidados especiais: Cães-guia precisam de uma rotina de cuidados muito específica, que inclui alimentação programada, exercícios regulares e cuidados médicos preventivos. Manter uma rotina é crucial para o bem-estar físico e mental do cão.

Essas curiosidades destacam o quão especializados e admiráveis são os cães-guia, e o importante papel que desempenham na melhoria da qualidade de vida de muitas pessoas com deficiência visual.

Relação de muito amor e respeito

Como ter um cão guia?

Ter um cão-guia é um compromisso sério e requer uma avaliação cuidadosa e preparação. Aqui estão os passos e considerações importantes para quem deseja ter um cão-guia:

1-Avaliação das necessidades e desejos:

2-Afinidade com cães:

3-Preparação financeira e logística:

4-Processo de candidatura:

5-Treinamento Conjunto:

6-Adaptação e integração:

Deficientes visuais desenvolvem forte laço afetivo com seus cães-guia. A relação entre
um deficiente visual com seu cão-guia é construída ao longo dos anos. É diferente de
um bicho de estimação. No dia a dia, se aprende a entender o sentimento um do outro

Cão-guia, um serviço de amor

Cães-guia não são apenas assistentes para navegação; eles são verdadeiros parceiros que transformam vidas, oferecendo autonomia, segurança e companheirismo para pessoas com deficiência visual.

É essencial que as pessoas interessadas em ter um cão-guia estejam bem informadas sobre o compromisso que isso implica, tanto em termos de tempo quanto de recursos financeiros. Além disso, a relação entre um cão-guia e seu dono é construída sobre uma base de respeito mútuo e compreensão, onde ambos trabalham juntos para superar desafios diários.

Os cães-guia são mais do que meros animais de serviço. Eles são heróis silenciosos que dedicam suas vidas para servir. Cada cão-guia tem uma história única e um impacto profundo na vida de seu dono, oferecendo não apenas guia, mas também uma amizade incondicional.

Para aqueles que consideram essa opção, lembre-se de que ter um cão-guia é uma jornada de amor, paciência e crescimento mútuo. Ajudam não só a navegar pelo mundo físico, mas também a ver o mundo através de uma lente de possibilidades e esperança.

Esperamos que este artigo tenha fornecido informações valiosas e encorajadoras para quem considera a maravilhosa parceria de ter um cão-guia. Se tiver alguma dúvida ou precisar de mais informações, entre em contato.

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