E-gasolina, a gasolina sem petróleo, já está sendo produzida no Chile, além de e-aviation fuel (combustível de avião) e gás liquefeito eletrônico
74 milhões de dólares! Foi o investido numa parceria entre a Siemens Energy, Porsche, HIF Global e outras empresas para produzir 130 mil litros de combustível por ano já em 2023.
Chamada de Haru Oni, a planta industrial destinada a produzir o combustível combina energia elétrica, água e CO2 para gerar e-Metanol e, por fim, gasolina neutra em carbono a partir da eletricidade. Por isso mesmo, os combustíveis gerados são chamados de eletro combustíveis ou combustíveis elétricos (e-Fuels).
O excepcional potencial de geração de energia renovável da Patagônia fez do local uma escolha natural para a implantação da instalação. Os fortes ventos da região conseguem gerar cerca de três vezes mais energia do que o possível na Europa. Toda a operação de Haru Oni tem certificação que comprova que os combustíveis gerados na usina podem ser chamados de verdes.
Nascimento de uma nova indústria
Segundo os pesquisadores e investidores, este é um passo rumo ao futuro, rumo ao século XXII.
Os e-Fuels podem substituir 100% dos combustíveis fósseis sem a necessidade de trocar os motores e a infraestrutura atuais. Esta capacidade de ser adaptado aos motores já existentes faz do novo combustível uma solução que pode ser implementada em curto prazo!
As projeções da Siemens apontam que, na fase piloto, cerca de 130 mil litros de e-fuels serão produzidos. Nas fases posteriores, a capacidade será aumentada para cerca de 55 milhões de litros de combustíveis ecológicos por ano, até 2024, e cerca de 550 milhões de litros de e-fuels até 2026.
O objetivo é começar a substituição pelos carros e, em breve, realizar as trocas em navios e aviões.
Se a corrida para a transição energética já começou, parece que o Chile está na pole position. Mas esta é uma prova em que todos os países têm que correr juntos.