Passar um tempo em um sítio – sem aglomerações, seguindo as normas de higiene – para apreciar a natureza e colher morangos é uma ótima pedida
Em função da pandemia do novo coronavírus e da necessidade de isolamento social, o Sítio Takebayashi, uma Unidade Demonstrativa do Programa de Produção Integrada de Morango (PIMo) – tecnologia implantada com apoio da Embrapa –, tem se destacado como excelente opção de diversão saudável. Keiji Nakashima e sua esposa Sandra são os primeiros produtores que trabalham nesse sistema de Colha e Pague certificado em Produção Integrada (Selo Brasil Certificado) em Atibaia e no Brasil, adotando o cultivo semi-hidropônico (cultivo de morango suspenso, fora do solo).
“Decidimos adotar o sistema Colha e Pague porque já estávamos inseridos no Turismo Rural da cidade com a comercialização e produção de orquídeas, explica Keiji. Daí fomos convidados a participar do Programa PIMo, que foi muito importante para a adoção das boas práticas de cultivo e para conhecer outros produtores”.
Durante a pandemia, diz o produtor, tivemos um aumento do faturamento, já que as pessoas estão buscando alternativas de passeio diferentes em lugares abertos, principalmente para as crianças. Quando o visitante conhece o sistema de cultivo, fica mais seguro em consumir os morangos. “O Programa foi um grande aliado, só temos a agradecer o empenho da pesquisadora Fagoni Calegario e toda equipe da Embrapa e das instituições parceiras”.
Para se oferecer um serviço onde as pessoas possam degustar os produtos diretamente do pé, o produtor precisa adotar todas as boas práticas agrícolas e manter as condições higiênico-sanitárias adequadas.
A Prefeitura de Atibaia tem diversas ações voltadas para a revitalização da cultura do morango na região. Dentre elas, a Produção Integrada, que permite a utilização do selo Brasil Certificado, chancelado pelo Inmetro, pelos produtores que passam por auditoria e comprovam que todos os procedimentos estão de acordo com as Normas.
Morango e flores
As orientações e detalhes sobre o atendimento no Colha e Pague do Orquidário Takebayashi são coordenados por Sandra Nakashima.
“No sistema Colha e Pague, o próprio cliente colhe os morangos, que não possuem resíduos de agrotóxicos e são cultivados no sistema semi-hidropônico”, destaca Sandra.
Os agendamentos são feitos em horários espaçados, evitando que as famílias se “encontrem”, garantindo a segurança dos visitantes, com uso obrigatório de máscara. Também é necessário confirmar no dia do agendamento se haverá morangos para colher, pois a procura está muito grande. “Muitas famílias que vieram nos visitar nos contaram que era a primeira vez que estavam saindo na pandemia”, diz Sandra.
Essa forma de turismo rural foi destacada em diversas redes sociais como opção de passeio em família, em tempos de isolamento, o que atraiu muitos visitantes. “Por isso, explica Sandra, é difícil prever se teremos morangos disponíveis para colheita. Assim, limitamos a colheita a uma cesta por família, para que todos possam ter a oportunidade de desfrutar dessa experiência”.
Você paga R$ 25,00 para colher cerca de 1Kg de morango em uma cestinha que pode levar para casa. Em épocas de baixa produção, a colheita é feita em bandejas de 400 g, por R$15,00. Além do pagamento pelos morangos, os adultos pagam um ingresso de R$ 5,00, para crianças de 7 a 12 anos, o valor é R$ 2,50 e para crianças de até 6 anos a entrada é grátis. Sandra esclarece que isso foi necessário para melhorar a infraestrutura e a segurança do local por conta do aumento da demanda.
Depois da colheita, há um local para descanso, com venda de picolés e geleia, de morango.
Além disso, o casal oferece uma visita ao Orquidário, onde se encontram orquídeas, suculentas, adubos e insumos para o cultivo. Essa visita não requer agendamento e nem pagamento de ingresso.
Fonte: Embrapa
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