O equipamento pode exercer várias funções, além de poder ser empregado em diversos produtos, dando maior eficiência ao processo de colheita em grandes lavouras
A colheitadeira é um dos maquinários mais importantes para os produtores que desejam ter resultados expressivos em sua produção. De fato, esse equipamento realiza diversas atividades fundamentais.
Entre as tarefas realizadas por elas, podemos mencionar a debulha e limpeza dos grãos, além da colheita em si. Ademais, a colhedeira pode ser empregada na colheita de diversos tipos de culturas, como a linhaça, o milho e o trigo.
A patente da colheitadeira pertence a Hiram Moore, o que ocorreu ainda no século XIX. No entanto, as primeiras versões desse equipamento eram movidas à tração animal. Já no século XX, surgiram as primeiras colheitadeiras equipadas com motores. Elas podiam ser encontradas com motores a diesel ou a gás. Ademais, esses maquinários já efetuavam a separação dos produtos das colheitas.
Atualmente, os modelos de colheitadeira autopropelida utilizam-se do diesel como principal fonte de energia. O primeiro modelo desse tipo de maquinário surgiu no Brasil em 1965, no Rio Grande do Sul. Outra inovação divisora de águas no que concerne a esse tipo de maquinário é o design rotativo. Essa tecnologia possibilitou a separação dos grãos e da palha remanescente do processo de colheita. Com a chegada da agricultura de precisão no fim dos anos 1970, as colheitadeiras ganharam ainda mais em funcionalidade e acerto. As máquinas passaram a ser equipadas com tecnologias que consistem em um conjunto de sistemas capazes de se interligarem e trocar dados entre si. Com isso, os produtores passaram a ter acesso a dados detalhados e integrados sobre todo o processo da colheita.
Para dar conta do grande volume de produção da agricultura brasileira, existem soluções para colheita que atendem às mais diversas necessidades dos produtores rurais. Elas trabalham por todas as principais regiões do país e contam com diversidade de plataformas de grãos e até mesmo de plumas, no caso do algodão, e colmos, no caso da cana de açúcar. Essas máquinas propiciam uma produção mais eficiente em lavouras de grande e médio porte, dando mais volume e rapidez à operação.
A colheita é uma etapa fundamental da produção e a velocidade com que é realizada determina também o retorno sobre o investimento com a comercialização do produto.
O Brasil passou por processos únicos ao longo de sua história agrícola, e as colheitadeiras acompanharam essas mudanças. Tanto que atualmente os equipamentos fazem o corte das plantas, a recolha do material colhido, a debulha e separação dos grãos, o armazenamento do produto e todo o processo de descarga, além da distribuição de palha no terreno. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, podemos dizer que essas máquinas são verdadeiras “indústrias sobre rodas”.
As tecnologias de bordo permitem que os manejos sejam executados com precisão. Os equipamentos atuais vêm com tecnologia embarcada que faz as leituras de produtividade da máquina, além de ferramentas de agricultura de precisão como piloto automático, sensores de medição e análise de assertividade, sistemas de telemetria e softwares que geram dados e mapas de trabalho.
A operação de colheita ocorre durante várias horas e dias, ou seja, é um manejo que passa por oscilações climáticas ao longo de um período considerável. Dessa forma, o operador precisa realizar ajustes e avaliações a todo momento, por isso, não há uma receita exata para a colheita ideal. As tecnologias de precisão auxiliam nessas tomadas de decisão, que precisam ser assertivas para que possam evitar perdas e assim trazer maior rentabilidade ao produtor.
Apesar de ser o último trabalho realizado na safra, a colheita também é o primeiro passo para o sucesso da lavoura seguinte. Afinal, é durante esse manejo que é feita a distribuição da palhada no solo, um dos pilares para a sustentabilidade da agricultura nacional. A cobertura deixada protege o solo dos raios solares, retém a umidade e mantém a presença de atividade orgânica. Assim é possível diminuir o uso de insumos a serem colocados antes ou durante o próximo ciclo.
Treinamentos e cuidados com as máquinas fazem parte do manejo
Com essa mudança constante das tecnologias agrícolas, os produtores rurais precisam sempre estar atualizados para que possam ter o melhor resultado possível. As empresas fornecedoras realizam treinamentos internos e com toda a rede de concessionárias, que procuram levar esses conhecimentos para operadores e gestores de propriedades rurais. O sistema de treinamento normalmente passa por diversos níveis, a começar pela fabricação dos equipamentos, seguindo por uma série de cursos que preparam os representantes comerciais, os quais são o elo das marcas com os clientes finais. Eles que irão orientar os produtores sobre o melhor uso dos maquinários e das soluções embarcadas.
Esse conhecimento também envolve todas as revisões e manutenções necessárias para que as colheitadeiras trabalhem corretamente, como por exemplo que as trocas de óleos e de peças móveis sejam realizadas dentro do recomendado no manual do equipamento. A limpeza da máquina também é de fundamental importância e deve ser feita todos os dias em que a máquina trabalhar. A colheitadeira é um investimento muito alto, então, o processo diário de limpeza é essencial até para evitar acidentes graves. Ao final da safra, o produtor precisa guardar a máquina em local seguro e, de preferência, protegida das intempéries para aumentar a vida útil garantindo que estará pronta assim que a próxima colheita iniciar.
Escolhendo a colheitadeira
Ao escolher uma colheitadeira, o primeiro e fundamental passo é que o produtor conheça a rotina completa de atividades e tenha informações detalhadas sobre a cultura. Além disso, ele precisa entender a área de plantio, seu tamanho e quais os principais desafios enfrentados ao longo do ano.
Tudo isso é muito importante para evitar comprar máquinas maiores que o necessário, já que neste caso os custos podem aumentar consideravelmente. Trabalhar com um equipamento que não é proporcional à realidade da colheita pode atrapalhar o processo, causar perda de tempo e diminuir a produtividade das ações. Por isso, é preciso apostar em uma opção adequada e que conte com elementos tecnológicos que agreguem valor.
Depois que todos os detalhes forem estudados, é preciso encontrar no mercado colheitadeiras que se encaixem na necessidade da produção. No entanto, no que diz respeito ao equipamento, alguns cuidados devem ser tomados durante a compra. Por isso, entre os requisitos para escolher a melhor opção podemos destacar:
- Controle automático da altura da plataforma de corte e acompanhamento de irregularidades do terreno;
- Cabine climatizada, bem iluminada e com boa visibilidade;
- Painel de controle completo e moderno;
- Motor potente e consumo de combustível reduzido;
- Baixo nível de ruído e facilidade e rapidez de manobra;
- Assistência técnica acessível e rápida;
- Manutenção econômica.
A revolução da mecanização agrícola vai continuar. A tendência é que os equipamentos agrícolas do futuro sejam ainda mais conectados, com a compilação e a troca de dados entre máquinas agrícolas, o emprego de trabalhadores mais qualificados, além da incorporação crescente de outras tecnologias, como a Inteligência Artificial. O aumento da conectividade nas áreas rurais deve beneficiar ainda mais o uso de plataformas de agricultura digital, possibilitando ao produtor ter um olhar ainda mais detalhado das operações e otimizar o resultado da lavoura.
Percebeu a importância de investir em bons equipamentos e como isso ajuda na produtividade do agronegócio? A colheitadeira é uma máquina que exerce diversas funções e é capaz de aumentar a performance de seus processos produtivos. Por isso, quando pensar em adquirir um equipamento desse porte e importância, procure a orientação de técnico habilitado.