Cheirinho de terra molhada. Quem nunca fechou os olhos, deu aquela inalada com força e se lembrou de bons tempos em que a natureza fez parte de algum momento de sua vida? Normalmente, um momento de nossa infância…
Petrichor
Ui. Que nome esquisito. Mas é assim que os cientistas nomearam o bom e velho cheirinho de terra molhada, o cheirinho de chuva!
Petra significa pedra e ichor é o líquido que corre nas veias dos deuses.
Eles também explicaram como ele surge após a chuva. Quando as gotas atingem superfícies porosas, elas interceptam minúsculos bolsões de ar, que acabam subindo para a atmosfera – igual acontece com as bolhas de um copo de champanhe, por exemplo. Ao estourarem, essas bolhas liberam o cheiro característico.
Dependendo da força da água e da densidade do solo, o ar fica repleto de gotículas aromáticas provenientes do chão em pouquíssimos segundos.
A maior parte do cheiro de chuva e de terra molhada é proveniente das bactérias que são lançadas nestes bolsões! Algumas filamentosas se desenvolvem no chão em condições quentes e úmidas. Ao serem “perturbadas” por uma chuva, elas se “agarram” a essas microbolhas que flutuam no ar e, quando as bolhas estouram, liberam a fragrância.
Ao atingir o solo, essa mistura química vai ganhar novos contrastes com a própria formação química do chão, liberando novos odores. Por isso, nem sempre a chuva tem um cheiro bom: quando o solo está muito seco ou quando está carregado de matéria orgânica “morta”, o seu odor pode ser mais desagradável.
Por fim, outra parte do cheiro é proveniente dos óleos voláteis que algumas plantas liberaram na natureza. Eles se acomodam nas rochas e interagem com a chuva da mesma forma explicada acima.
Algumas vezes, você consegue identificar um cheiro diferente do percebido por outra pessoa durante a mesma tempestade! É devido à infinidade de misturas que compõem esse odor.
Da próxima vez em que sentir esse cheirinho, respire fundo, aproveite e deixe as boas lembranças tomarem conta de sua mente, seu corpo e sua alma.
Fonte: Mega Curioso
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