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A Eima 2024 – Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas, está acontecendo em Bolonha, Itália, com a participação de mais de 1.750 indústrias. Dessas, 700 são estrangeiras, abrangendo todos os segmentos de mercado. O evento exibe veículos modernos, máquinas e sistemas digitais avançados, voltados para os setores de agricultura, silvicultura, pecuária e manutenção de espaços verdes, tornando esses setores mais mais científicos e conectados aos sistemas de serviços e a outros segmentos produtivos.

Organizada em 14 setores de produtos e cinco mostras temáticas, que são “Componentes”, “Digital”, “Energia”, “Verde” e “Hidrotech”, a EIMA oferece uma vasta opção de meios para aumentar a produtividade agrícola enquanto reduz drasticamente o impacto ambiental. Ao todo, são cerca de 60 mil modelos de veículos, equipamentos e componentes apresentados pelas indústrias expositoras, vindas de 50 países, trazendo soluções tecnológicas para enfrentar desafios globais, como o crescimento populacional, mudanças climáticas e proteção da biodiversidade. A feira é um espaço de inovação agrícola que busca aliar produtividade à preservação ambiental, oferecendo tecnologias agro-mecânicas avançadas.

A feira ainda se destaca pelo seu papel político, com a presença de representantes governamentais, parlamentares europeus, além de diplomatas estrangeiros, interessados em conhecer as soluções tecnológicas mais adequadas para diferentes regiões do mundo e participar da discussão sobre modelos agrícolas, as variáveis econômicas e geopolíticas que influenciam o comércio, e as estratégias de cooperação.

Público no pavilhão de exposições da EIMA

Os veículos e equipamentos ocupam todos os pavilhões e áreas externas do centro de exposições de Bolonha, com demonstrações ao vivo programadas. Neste ano, o evento enfatiza o uso de Inteligência Artificial, Big Data e robótica, permitindo o monitoramento climático, controle de territórios e melhoria na gestão de cadeias agroindustriais.

A mecanização moderna não só atende às necessidades ambientais, mas também integra a agricultura em um sistema colaborativo que envolve consumidores, instituições e o setor educacional, permitindo, assim, que as empresas permaneçam competitivas e acompanhem as necessidades ecológicas do planeta, o que consolida a EIMA como uma verdadeira “Fábrica de Inovação” aberta às cadeias agroindustriais e aos setores econômicos relacionados, com um olhar voltado para o futuro.

Outro diferencial é o substancial programa de encontros e conferências (mais de 150) que animam o evento deste ano, com destaque para o conteúdo técnico da exposição (que bateu um novo recorde de inovações técnicas premiadas), as inúmeras prévias e novos produtos apresentados pelos fabricantes, além da presença do EIMA Campus, onde onze universidades estão representadas, juntamente com centros de pesquisa e instituições de formação.

Público no pavilhão de exposições da EIMA

O mercado

A produção nacional de máquinas agrícolas na Itália enfrenta desafios, com previsão de queda de 19,5% no valor total em relação a 2023. Deve alcançar apenas € 13,2 bilhões. A queda é atribuída à contração da demanda doméstica e ao esfriamento dos mercados externos. A expectativa é de recuperação no segundo semestre de 2025.

O mercado interno mostrou sinais de desaceleração ainda maiores em 2024, com quedas acentuadas nas vendas de tratores, colheitadeiras e outros equipamentos. As exportações também diminuíram 9% no primeiro semestre, embora o saldo comercial permaneça positivo. Estados Unidos, França e Alemanha se mantêm como principais destinos, seguidos pela Turquia.

Apesar da retração nos principais mercados, a EIMA 2024 aponta para o potencial dos mercados emergentes no Sudeste Asiático e na África. Países como Indonésia, Vietnã e Filipinas estão apresentando crescimento nas importações de máquinas agrícolas, impulsionados pelo crescimento populacional. Na África, Nigéria, Etópia e a República Democrática do Congo são os países que mais demandarão novas tecnologias agrícolas nas próximas décadas.

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