APICULTURA -  Como montar um apiário

Agricultor familiar iniciando colheita com um carrinho de mão

Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) criou a data comemorativa

Para termos uma noção da importância da agricultura familiar

  • produz 70% dos alimentos consumidos no Brasil;
  • 90% dos municípios (com até 20 mil habitantes) baseiam sua economia nela;
  • ocupa 40% da população economicamente ativa de todo o país;
  • ocupa 70% dos trabalhadores no campo.

Analisando apenas estes números, já podemos notar que a agricultura familiar é um setor fundamental para a economia brasileira. Para a vida dos brasileiros.

Agricultor familiar com sua colheita no carrinho de mão

Um modo de vida que deveria ser modelo para todos

Diversificação agrícola, uso de pequenas propriedades e o trabalho familiar geracional (que é passado de geração em geração), são características que fazem a agricultura familiar servir de exemplo de como é possível conectar produtividade, cuidado dos recursos naturais e renda.

Desta forma e demonstrando resiliência e persistência, contra todas as dificuldades que enfrenta diariamente, a agricultura familiar se perpetua e, nos últimos anos, conseguiu ter acesso a políticas públicas que garantissem sua manutenção e expansão.  Essas políticas, entre elas o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar), foram responsáveis por introduzir importantes incentivos à produção de alimentos saudáveis e ao desenvolvimento dos pequenos municípios brasileiros.

“Se o campo não planta, a cidade não janta!”

A agricultura familiar continua apresentando-se como uma alternativa viável de atividade econômica, produção e reprodução de saberes e modo de vida.

Agricultor familiar é aquele que
(conforme diz º parágrafo da Lei nº 11.326/2006):
– pratica atividade no meio rural e não detém área
maior que quatro módulos fiscais;
– utiliza, predominantemente, mão de obra da própria família nas
atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;
– tenha renda familiar originada
principalmente das práticas em seu
estabelecimento, sendo este gerenciado pela família.

Agricultores familiares colhendo e carregando uma carreta tracionada por trator

    São várias as possibilidades da agricultura familiar, por isso é grande o leque de atividades rentáveis. Pelo seu jeito peculiar, ela pode abarcar um mundo de oportunidades como nichos de mercados, produção de alimentos, agregação de valor à produção, turismo, agroindústria, artesanato, agroextrativismo, biodiversidade e qualificação de produtos com indicação geográfica.

    O papel da mulher na agricultura familiar  (artigo do blog Flor de Umbuzeiro)

    Quando questionamos o papel da mulher na agricultura familiar e campesina, imediatamente nos remetemos a responder, que as mulheres trabalham desde o momento do plantio, tratos culturais, colheita e processamento; além de cuidarem dos pequenos animais, hortas e quintais. O que por sua vez já é um papel de grande relevância. Temos em conta que no Brasil as mulheres rurais são responsáveis por 45% da produção de alimentos e, em alguns países da África e Ásia esse número chega a 60%.

    O papel produtivo das mulheres rurais gera mais da metade da produção de alimentos no mundo, além dessas desempenharem ação importante na preservação da biodiversidade, garantindo a soberania e a segurança alimentar a partir da produção de alimentos diversos e saudáveis. São elas que guardam os saberes alimentares e a utilização de plantas medicinais. Permitindo, que estes conhecimentos sejam repassados as novas gerações, possibilitando a manutenção de hábitos e costumes, que contam em muitos casos a história de um povo, de uma região e de um país.

    Mulher rural trabalhando na horta

    O trabalho produtivo das mulheres do campo, da floresta e das águas é tido como “ajuda” em quase todas as partes do mundo. É assim colocado por se tratar de uma atividade, que de acordo com a divisão sexual do trabalho tem o homem como responsável. Vale pontuar que essa divisão beneficia única e exclusivamente ao sistema capitalista, que desvalorizando a mão de obra rural feminina não remunera e quando remunera é sempre menor que os valores pagos aos homens. Este fato coloca as atividades de plantio, capina, colheita, processamento, pesca, extrativismo, dentre outras em uma categoria de desvalorização, tanto para o sistema capitalista como para as relações familiares.

    A RuraltecTV quer, neste dia, deixar claro o respeito e admiração aos produtores agrícolas familiares que tanto bem fazem ao país e sua população.

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