Os pesquisadores apresentarão os resultados de um trabalho que busca validar um sistema de produção para ambientes tropicais e chegar a um lúpulo com qualidade diferenciada
A Rede de Fomento à Cultura do Lúpulo na Região Serrana Fluminense (Rede Lúpulo) promove o dia de campo “Cultura do lúpulo: do campo ao copo” a ser realizado no dia 4 de maio, sábado, de 8:30 às 13:00, na área de produção orgânica do Sítio Cova da Onça (Localização: https://maps.app.goo.gl/7guco6Z26joxn9Es7), à Rua José Joaquim Rodrigues, s/n, Pedro do Rio, Petrópolis, RJ. O objetivo é apresentar parte dos conhecimentos gerados e adquiridos em seis anos de existência da Rede Lúpulo, além de promover uma interação entre os que já produzem e quem deseja iniciar o cultivo.
O dia de campo terá quatro estações: Solos e nutrição do lúpulo; Manejo cultural e fitossanitário; Desidratação e qualidade do lúpulo; e O Mercado do Lúpulo. Serão apresentadas práticas adequadas principalmente à produção orgânica do lúpulo, diferencial que os pesquisadores têm buscado para a região. A intenção da pesquisa é validar um sistema de produção para ambientes tropicais e chegar a um lúpulo com qualidade diferenciada, especialmente no que se refere às características de aroma.
O lúpulo é o grande responsável pelo aroma e sabor da cerveja, mas é também o insumo mais caro da indústria cervejeira. O produto importado é normalmente vendido em embalagem de 400 gramas, que pode custar até R$ 300,00. As grandes regiões produtoras de lúpulo no mundo encontram-se no Hemisfério Norte, nas faixas mais frias da América do Norte, Europa e Ásia.
Comercializado em grande escala para diversas partes do mundo, o lúpulo passa por um processo térmico de conservação de sua vida útil de até dois anos, chamado peletização. Mas apesar de ainda marcantes, o processo pode alterar o aroma e o sabor da cerveja.
O plantio do lúpulo na Região Serrana Fluminense iniciou-se em 2016 em pequena escala. A expectativa era atender parte da demanda da indústria cervejeira local, essencialmente o mercado das cervejas artesanais, muito comum nos municípios da região.
A Rede Lúpulo
Em busca de um produto de melhor qualidade, assim como de um sistema de produção adaptado a realidade da Região Serrana, por iniciativa dos produtores, foi criada em 2018 a Rede de Fomento à Cultura do Lúpulo na Região Serrana Fluminense (Rede Lúpulo), cuja composição tem representantes de todos os elos da cadeia produtiva do lúpulo.
A Rede Lúpulo é formada por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Solos, professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater-Rio), produtores de lúpulo e de cerveja artesanal, Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf), Rota Cervejeira, Viveiro Ninkasi, além de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae) e Banco do Brasil (BB). A Rede Lúpulo é apoiada pelo Mapa e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Os interessados podem ser inscrever CLICANDO AQUI. O evento é gratuito, mas atenção porque as vagas são limitadas (80 participantes).