Ícone do site AGRONEGÓCIO

El Niño deve atingir seu pico em dezembro

Sol a pino

O fenômeno climático El Niño está prestes a atingir seu ápice em dezembro, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. Os extremos climáticos ainda vão ficar mais intensos neste ano, com mais seca na Amazônia e Nordeste, calor no Centro-Oeste e Sudeste e fortes chuvas no Sul.

O fenômeno promove um aquecimento atípico das águas do Oceano Pacífico equatorial. A temperatura das águas vai ficar cerca de 2,5°C acima do esperado. E os modelos indicam que até junho do ano que vem o El Niño estará em curso. As consequências desse evento sazonal, que aquece as águas do Pacífico equatorial, são cruciais, demandando atenção especial dos produtores.

O El Niño favorece a ocorrência de ondas de calor porque as frentes frias ficam bloqueadas no sul do país e não conseguem avançar. Outra questão é que o aquecimento das águas no Oceano Pacífico ajuda a aquecer a atmosfera em termos globais.

Previsões de anomalia de temperatura para os meses de dezembro de 2023 a março de 2024
pelo modelo ECMWF (Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo)

Uma onda de calor, segundo definição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)(https://portal.inmet.gov.br/), ocorre quando há temperaturas de pelo menos 5°C acima da média da região para o período, durando no mínimo três dias consecutivos.

Além da intensificação do El Niño, a distorção das temperaturas é influenciada pelas condições climáticas no Atlântico Norte, que permanece quente mesmo no inverno do Hemisfério Norte.

Outras hipóteses

Outros pesquisadores atribuem os extremos às mudanças climáticas causadas pelo homem. Neste caso, os pesquisadores utilizam recursos de simulação computacional para investigar se determinados eventos ocorreriam ou não – e, se ocorreriam, com que magnitude – sem a influência antropogênica no clima.

Efeitos do El Niño bem marcantes no Pacífico Equatorial para dezembro

Os estudos costumam apontar que as ondas de calor podem ter uma relação bastante íntima com as mudanças climáticas. Em geral, as pesquisas mais conclusivas quanto a essas atribuições são relativas às ondas de calor. Então, é uma das principais hipóteses que se tem para explicar esse calor extremo.

Recomendações

Diante das ondas de calor, o Ministério da Saúde emitiu recomendações especiais, alertando para os riscos, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, crianças e portadores de condições médicas específicas. A página informativa busca sensibilizar a população para os perigos iminentes.

O El Niño, aliado à ciência da atribuição climática, revela um cenário desafiador para o agronegócio. Enquanto os produtores enfrentam ondas de calor intensas, é crucial adotar estratégias adaptativas para minimizar os impactos e garantir a resiliência do setor diante das complexidades climáticas.

Leia também:

Sair da versão mobile