Em mais um ano de vida, a entidade focou em projetos de pesquisa e aumentou a integração com o setor produtivo
No último dia 24 de abril, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completou 47 anos de atividades. Em mais um ano de vida, a entidade focou em projetos de pesquisa e aumentou a integração com o setor produtivo. Em 2019, o número de projetos da Embrapa com a participação direta da iniciativa privada saltou de 5,9% para 12,1%, e a projeção é chegar a 40% até 2022. A equipe de inovação e negócios do órgão contabilizou em 2019 mais de 157 novas parcerias, que se somaram às 118 já existentes. No total, foram celebrados 888 contratos e convênios, sendo 858 nacionais e 30 internacionais. Atualmente, a Embrapa possui 928 projetos de pesquisa em andamento em 43 unidades.
Para comemorar a data, a empresa preparou uma programação especial de aniversário e lança, em todo o Brasil, soluções tecnológicas que vêm oferecer ainda mais oportunidades para o setor produtivo. Além disso, ela destaca novidades que chegaram recentemente ao mercado e que já estão sendo muito bem recebidas pelos produtores.
Entre os destaques está a BRS 5804RR, nova cultivar de soja da Embrapa Trigo. Ela alia precocidade e alta produtividade, com excelente sanidade de raiz e ampla janela de semeadura. Apresenta hábito de crescimento indeterminado e pertence às cultivares de ciclo precoce com grupo de maturidade de 5.8, mostrando bom vigor inicial e ótima arquitetura de planta, com capacidade de engalhamento, grande número de vagens com 4 grãos e é resistente ao acamamento, o que permite um ótimo visual da lavoura. Confira aqui todos os lançamentos.
Projetos
Em 2019, o número de projetos da Embrapa com a participação direta da iniciativa privada saltou de 5,9% para 12,1%, e a projeção é chegar a 40% até 2022. A empresa vem direcionando sua programação de pesquisa para que em torno de 40% dos projetos atendam à solução de problemas imediatos do agro brasileiro. Complementando, objetiva ter ao redor de 60% dos projetos de pesquisa na linha de indução tecnológica, ou seja, projetos que têm como base demandas presentes difusas ou demandas para a solução de problemas futuros, que ainda não afligem o produtor brasileiro.
Essas parcerias são muito importantes pois ajudam o Brasil a avançar no protagonismo da produção de alimentos, fibras e fontes de energia. A ampliação de projetos em parceria com o setor produtivo, sem dúvida, representa uma das prioridades, principalmente em função do impacto e dos benefícios não só para a pesquisa agropecuária, como para os diversos segmentos do agro no mercado nacional de tecnologia e inovação.
Por atuar em diversas frentes, a Embrapa conta com parceiros de perfis diferenciados, como empresas públicas e privadas, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), universidades, associações, cooperativas, organizações estaduais de pesquisa e de assistência técnica e extensão rural, bancos, além de organismos internacionais.
A cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 12,29 retornam para a sociedade. O lucro social mede os benefícios econômicos recebidos pelo setor produtivo com a adoção de tecnologias geradas pela empresa. Segundo o balanço social da empresa, o lucro social foi de R$ 46,49 bilhões em 2019. Esse resultado mostra que de cada R$ 1 investido gera um retorno social de R$ 12,29 para a sociedade. Em 2019, o orçamento da Embrapa foi R$ 3,78 bilhões.
O valor de 2019 foi obtido a partir da análise do impacto econômico de 160 soluções tecnológicas e 220 cultivares desenvolvidas pela empresa, como grãos, frutas, hortaliças, leguminosas e raízes, na renda do produtor, na geração de empregos e no meio ambiente.
O balanço social demonstra o que a empresa vem devolvendo para a sociedade brasileira com cada real que foi investido em 2019. A Embrapa não é uma instituição que tem por objetivo gerar lucros financeiros, é uma instituição pública que tem um papel social e estratégico muito importante para o Brasil.
Downloads
O balanço também mostrou que em 2019 foram realizados mais de 24 milhões de downloads de publicações técnicas na página da Embrapa na internet. O número representa um aumento de 9% em relação ao verificado em 2018, quando foram computados pouco mais de 22,1 milhões de downloads.
Com os dados obtidos a partir dessa amostra de soluções tecnológicas, a Embrapa (com os dados obtidos a partir dessa amostra de soluções tecnológicas, a Embrapa teve uma taxa interna de retorno (ITR) de 37%. Essa taxa é relacionada ao total de benefícios econômicos e custos de geração das soluções tecnológicas analisadas no balanço, o que vem confirmar a alta rentabilidade dos investimentos realizados pelo Estado na empresa e a geração de 45.516 novos empregos em 2019.) teve uma taxa interna de retorno (ITR) de 37%. Essa taxa é relacionada ao total de benefícios econômicos e custos de geração das soluções tecnológicas analisadas no balanço, o que vem confirmar a alta rentabilidade dos investimentos realizados pelo Estado na empresa e a geração de 45.516 novos empregos em 2019.
Entre as pesquisas que merecem destaque está a identificação de bactérias capazes de tornar solúvel o fósforo do solo, propiciando uma economia de bilhões de dólares na importação desse fertilizante mineral, e o aperfeiçoamento do Sisteminha , um sistema integrado de produção de alimentos que permite a alimentação de uma família a partir da área de 1 hectare.
O grande impacto gerado ao longo desse tempo foi a redução de custos dos alimentos e o aumento sustentável da oferta, o que resultou na diminuição do valor da cesta básica em mais de 50% nos últimos 44 anos.
Na década de 1970, o país era um importador de alimentos, vivia uma situação de insegurança alimentar. O Brasil era basicamente conhecido como um grande produtor de café, açúcar e cacau e não tinha tecnologia de cultivo tropical. O país era obrigado a trazer tecnologia do mundo temperado para a região tropical. Esse quadro mudou. Testemunhamos nas últimas décadas uma transformação fantástica e hoje o país produz soja e trigo nos trópicos.
Covid-19
A Embrapa tem buscado ajudar o governo no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Entre as medidas estão a criação de painéis gráficos que mostram o avanço dos casos da doença no território nacional, com a evolução temporal diária, além da espacialização estadual dos casos da doença. Outra medida foi disponibilizar as estruturas de laboratórios para a realização de testes de detecção do vírus. Com seus 59 laboratórios equipados a empresa é capaz de realizar teste de detecção do coronavírus, permitindo a realização de testagem em massa. Alguns desse laboratórios já estão fazendo essas análises, e brevemente os demais devem entrar em funcionamento na sua totalidade para apoiar o país.
A RuraltecTV parabeniza a todos os colaboradores da Embrapa responsáveis por essa fantástica empresa que valoriza a ciência em tempos que ela se faz tão necessária.
