Ícone do site AGRONEGÓCIO

Embrapa desenvolveu nova cultivar de trigo de alto potencial produtivo

O avanço na genética das cultivares de trigo trouxe melhorias na sua qualidade - Foto: Jorge Henrique Chagas

Programada para ser lançada amanhã (09/08), a nova cultivar de trigo se destacou por seus índices de produtividade e economia para o produtor. A variedade BRS Coleiro apresentou adaptação às diversas condições de cultivo, boa qualidade industrial e ganhos na produtividade de grãos. O nome da cultivar vem de uma ave brasileira, o coleiro (Sporophila caerulescens), muito apreciada por seu canto.

As maiores vantagens do cultivar são o ciclo médio-precoce, que possibilita mais tarde o plantio da soja na janela ideal, com boa sanidade para as principais doenças e economia na semeadura, além de não crescer tanto, dispensando o uso de redutores. O trigo produzido é do tipo melhorador, que envolve os grãos de genótipos de trigo aptos para mesclas com grãos de genótipos de trigo brando, para fins de panificação, produção de massas alimentícias, biscoitos tipo “crackers” e pães industriais, com melhor desenvolvimento no mercado.

Desenvolvida para clima ameno, o cultivar é recomendado no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Espera-se fomentar o cultivo e a comercialização dessa cultivar para os diferentes sistemas de produção de inverno nas regiões recomendadas. No Paraná, as produtividades médias da BRS Coleiro, nos experimentos, foram de 4.922 kg/ha, 5.624 kg/ha e 4.083 kg/ha, nas três regiões de indicação do estado. Por outro lado, a média de produtividade dos agricultores paranaenses, na safra de trigo 2023, foi de 2.560 kg/ha (PR), segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A nova cultivar apresenta boa adaptação a diversas condições de cultivo
Foto: Helton Azevedo

Em Santa Catarina, a média de produtividade da BRS Coleiro foi de 6.959 kg/ha e 4.468 kg/ha, nas duas regiões de indicação do estado, enquanto a média de produtividade a campo, na safra 2023, foi de 2.150 Kg, também de acordo com a Conab. O desempenho dos experimentos da BRS Coleiro em São Paulo foi de 5.555 kg/ha, enquanto que a média produtiva do estado foi de 3.050 kg, segundo a Conab.

Esses números reforçam o excelente potencial produtivo desse lançamento. A BRS Coleiro foi desenvolvida para favorecer os produtores que querem produtividades elevadas a campo. O novo trigo possui porte médio, ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O ciclo médio para espigamento (64 dias) e ciclo precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por proporcionar melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.

Apresenta grão extra duro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados na produção de massas, na fabricação de pão industrial, do tradicional “pão francês” e, também, em misturas com farinhas fracas. Outro destaque é a sanidade da planta, que apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares.

Os pesquisadores ressaltam aspectos da nova cultivar que impactarão na rentabilidade e na sustentabilidade, destacando que a BRS Coleiro traz em sua genética importantes características de adaptação e sanidade, que propiciam a otimização do uso de fertilizantes e fungicidas. Além disso, sua qualidade industrial superior também deverá ser um diferencial no momento da comercialização dos grãos.

A Embrapa Soja, o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) e a Fundação Meridional promovem o Dia de Campo de Inverno, em 9 de agosto, na sede do IDR-Paraná, à Rodovia Celso Garcia Cid, Km 375, Londrina, a partir das 8:00, quando ocorrerá o lançamento da BRS Coleiro. Mais informações sobre a cultivar podem ser obtidas fazendo o download do folder CLICANDO AQUI.

Leia também:

Sair da versão mobile