Processos e procedimentos que contribuem decisivamente para a tomada de decisão ser mais assertiva e eficaz
A boiada digital já faz parte da realidade das fazendas! Nada mais é do que o controle do rebanho realizado com o auxílio de softwares e plataformas digitais que otimizam a engorda dos bovinos, entre outros fatores, e que começou há cerca de dez anos. De lá para cá, diversas plataformas digitais invadiram o mercado.
Sensores de movimento e de comportamento dos animais, chips de identificação menores e mais potentes, câmeras, pistolas automáticas de aplicação de medicamentos, cochos e balanças inteligentes são algumas das possibilidades da tecnologia para o agro. Equipamentos digitais conseguem medir o consumo de ração, água e peso dos animais, sistemas de câmeras interligados a sistemas de inteligência artificial indicam com precisão a quantidade de ração que deve ser fornecida diariamente aos animais… São processos e procedimentos que contribuem decisivamente para a tomada de decisão ser mais assertiva e eficaz.
Uma tecnologia dedicada ao ganho de produtividade e aumento da lucratividade dos produtores.
O país tem o maior rebanho de bovinos do mundo, com 213,5 milhões de animais e por isso mesmo vem se tornando um poderoso polo de pesquisa e desenvolvimento.
Confinamento de ponta
Já está em fase de teste uma pistola de medicamentos que faz a aplicação na dosagem recomendada segundo o peso do animal. A pistola recebe as informações de peso da balança e em questão de segundos calcula a quantidade do fármaco.
A ferramenta veio da Austrália e é uma novidade no País. Através de tecnologias como essa, o produtor passa a ter mais precisão na aplicação, aumentando eficácia dos tratamentos.
Outra inovação está em estudo é a associação de sistemas de sombreamento dos animais e rações com aditivos para minimizar o estresse térmico dos bovinos, fazendo com que um animal diminua o consumo de água.
Dados influenciando em decisões
Os dados indicarão o caminho da pecuária 4.0. E o Brasil tem uma grande oportunidade de municiar o mundo com esses dados, visto que faltam tecnologias para a pecuária de corte pelo mundo afora.Empresas nacionais trabalham incessantemente no desenvolvimento de tecnologias de coleta de dados da pecuária, a partir da comunicação entre máquinas – a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), aprendizado de máquina e inteligência artificial. Entre os sistemas em funcionamento estão o cálculo de pastagens por imagens de satélite, sensores que medem a qualidade da água, mini estações meteorológicas e, em testes, a coleta automatizada de informações da quantidade de ração e sal mineral no cocho.
Tais experimentos colocam o Brasil em destaque na transformação digital do agronegócio.
