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Pastagem degradada apta para implementação do PNCPD

O mapeamento das pastagens de nove estados da federação, com a identificação de áreas degradadas que possuem potencial para recuperação ou conversão em sistemas produtivos sustentáveis, bem como as estimativas de investimento necessários para a implementação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) estão disponíveis para acesso. O “Plano de Priorização de Áreas e Estimativas de Investimentos” pode ser acessado CLICANDO AQUI.

Elaborado a partir do resultado obtido nas oficinas realizadas nos Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Rondônia, São Paulo e Pará, o estudo traz a compreensão compartilhada e adaptada às realidades locais sobre a priorização das áreas, dos sistemas sustentáveis e investimentos relativos a cada estado. A conversão e a recuperação das áreas com pastagens para esses sistemas mais produtivos e sustentáveis, geram benefícios em termos de mitigação de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), uma vez que seu uso e manejo, possibilitam o acúmulo e manutenção do carbono no solo.

Caracterização de níveis de degradação de pastagens - Fonte: Embrapa
Caracterização de níveis de degradação de pastagens – Fonte: Embrapa

Com o uso de modelagem geoespacial multicritério, pôde-se identificar o potencial de recuperação e conversão de pastagens degradadas em seis sistemas de produção sustentável:

  • intensificação da pecuária de corte;
  • intensificação da pecuária de leite;
  • agricultura;
  • florestas plantadas (silvicultura);
  • sistemas agroflorestais (SAF);
  • sistemas integrados na modalidade integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF)

Além disso, com modelagem econômica, foram estimados, para cada estado os custos dessa transformação para os seis sistemas de produção sustentável. Fruto da parceria entre o Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas do Mapa, o Instituto Clima e Sociedade (iCS), o Grupo de Políticas Públicas (GPP-ESALQ), a Agroicone, o CITE (Centro de Inteligência para Governança de Terras e Desenvolvimento Sustentável) e o Imaflora, a publicação representa uma importante ferramenta para que estados e produtores possam políticas e alternativas inovadoras, inclusivas, resilientes e de baixo carbono para a produção agropecuária e florestal.

Área recuperada com ILPF
Área recuperada com ILPF

A conversão e a recuperação das áreas degradas com pastagens para esses sistemas mais produtivos e sustentáveis, também geram benefícios em termos de mitigação de emissões de GEE, especialmente por serem sistemas que através do seu uso e manejo, possibilitam o acúmulo e manutenção do carbono no solo, contribuindo com remoções de carbono pelo solo dessas áreas, tendo também seu potencial de remoção estimado.

Com os resultados obtidos, estima-se que o Brasil possui, hoje, aproximadamente 27,7 milhões de hectares (Mha) de pastagens com potencial para conversão, distribuídos em 1,02 milhão de imóveis rurais privados. Desse total, 25,1 Mha apresentam potencial para a intensificação da pecuária de corte, 16,9 Mha para a pecuária de leite, 11,5 Mha para a silvicultura, 8,8 Mha para a agricultura, 7,1 Mha para sistemas agroflorestais e 2,6 Mha para sistemas integrados (ILPF). Esses números refletem a necessidade de investimentos iniciais de aproximadamente de R$139 bilhões, além de custos operacionais anuais que podem atingir R$90,8 bilhões.

Criado dezembro de 2023, o PNCPD tem como finalidade promover e coordenar políticas públicas destinadas à conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis. Entre as atividades previstas estão:

  • a adoção e manutenção das tecnologias sustentáveis;
  • o mapeamento das áreas prioritárias para o desenvolvimento de cadeias produtivas condizentes com a sociobioeconomia local e regional;
  • o financiamento a produtores rurais;
  • o desenvolvimento de planos de negócios de acordo com os mapas de aptidão (áreas e culturas/práticas agropecuárias prioritárias), entre outros.

Fonte: Canal Rural

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