O suinocultor deve estar atento para fornecer dose de ferro na fase inicial da vida do suíno
É normal os leitões terem deficiência de ferro. Mas isso pode se tornar um problema, ocasionando riscos para a criação, pois esse problema pode ser agravado com algumas situações de manejo.
O ferro é um micromineral indispensável para esses animais, principalmente para leitões recém-nascidos. Porém, leitões confinados tem grandes chances de sofrer de anemia ferropriva. É a anemia decorrente da privação do ferro. Isso acontece por dois motivos principais:
- a terra é uma fonte de ferro e os animais confinados são criados em espaços com piso, sem contato com o solo;
- o leite da mãe é deficiente em ferro.
Hoje, com o melhoramento genético permitindo que os animais ganhem peso mais rapidamente, a necessidade de ferro é ainda maior.
Os leitões de uma forma geral, recém-nascidos, nascem com uma reserva muito limitada, em torno de 50 mg de reserva de ferro, só que para sustentar a velocidade de crescimento proteico e corporal desses animais, eles necessitam de aproximadamente de 16 mg/dia. Já no final da primeira semana, aquela reserva que o animal nasceu já se esgotou.
A anemia ferropriva ocasionar:
- baixo desenvolvimento dos animais;
- maior predisposição à infecções;
- menor conversão alimentar.
Um lote com leitões deficientes em ferro pode apresentar uma taxa de mortalidade que varia entre 6 e 60%, daí a importância da suplementação alimentar.
Recomenda-se uma dose injetável inicial de 200 mg no terceiro dia de vida e uma segunda dose, aproximadamente com quatorze a dezesseis dias de vida, de mais 200 mg de ferro para poder garantir essa demanda. O criador tem a opção de fazer isso de forma injetável, mas também existem outras fontes, como por exemplo, a administração via oral.
A administração de fontes via oral tem o desafio em garantir que o leitão venha consumir a quantidade que ele necessita e a eficiência de como foi incorporado no suplemento para o animal. A forma injetável é mais eficiente e prática de uso e aplicação de ferro.
Os animais criados de forma mais rústica acabam suprindo parte da sua necessidade em ferro através do contato com a terra, mas essa condição do animal em contato com o solo, não se encaixa no manejo do produtor nas granjas. O grande problema é que os animais que temos hoje, dentro das granjas, são animais com um potencial genético imenso, em termos de velocidade de crescimento. Além do mais, o contato com a terra cria maiores desafios do ponto de vista sanitário. Vale lembrar que para esses animais modernos com altos potenciais genéticos essa alternativa de colocá-los em contato com a terra, não é uma alternativa viável.