O nome decorre do fato de que, quando está pousado, as pernas anteriores remetem à posição das mãos em oração.
São muitas as representações e simbolismos atribuídos aos louva-a-deus no folclore em várias regiões do mundo. São venerados na China, existindo, inclusive, estilos de Kung-Fu inspirados em seus movimentos. Há também registros de civilizações antigas, como a Grécia, o Egito e a Assíria, que consideravam o louva-a-deus um animal com poderes proféticos e sobrenaturais, capaz de identificar a localização de objetos, animais ou pessoas perdidas em florestas. Árabes e Turcos acreditam que o louva-a-deus “reza” sempre com a face apontando para Meca. Em regiões de Portugal e da França, lhes era atribuído o papel de guia, podendo apontar com seus braços onde um possível lobo poderia estar de passagem ou indicar o caminho de volta para crianças perdidas. No Brasil, mais especificamente na região norte do país, crê-se que ele pode dizer qual o sexo do bebê que uma mulher grávida espera, além de indicar quanto tempo falta para uma visita chegar. As ootecas (espécie de estojo formado pela secreção de certos insetos que guarda um grupo de ovos) produzidas pelas fêmeas na liberação dos ovos têm um papel na medicina popular, sendo-lhes atribuídas soluções para dores de dente, frieiras, dores de ouvido, tosse e doenças renais, ou utilizadas como substância afrodisíaca ou diurética.
O voo do louva-a-deus remete a voos de caças de combate, conseguindo desviar de ataques de morcegos, um dos seus predadores, por meio de uma audição ultrassônica, executando “mergulhos” durante o voo. Seu comportamento é complexo, parecendo haver grande capacidade de memorização e de aprendizagem.
Por essas particularidades, são insetos comumente mantidos como animais de estimação. Existem alguns prós e contras a serem considerados na eventual criação desses animais: os pontos positivos estão relacionados à pouca exigência quanto ao cuidado direto, uma vez que não costuma haver problemas envolvendo acúmulo de fezes, doenças, parasitas, barulho, perigo em caso de fuga, estresse, deficiência nutricional e demandas de raios UV. Apesar de todas essas vantagens, de modo a garantir que o animal continue vivo, devido à sua dieta, é preciso alimentá-lo com presas vivas, que dependendo do local onde o dono mora, podem não ser de tão fácil acesso, além da necessidade de luminosidade e de serem mantidos úmidos. Quanto ao manuseio desses animais, é necessário que o criador tenha cuidado e os manipule com delicadeza, pois são muito frágeis. É necessário tomar cuidado também com os botes velozes dos louva-a-deus, cujos espinhos presentes nos membros dianteiros podem acabar penetrando a pele, o que é tanto doloroso quanto pode causar danos ao animal.
LOUVA-A-DEUS (Mantis religiosa)
Características – cabeça triangular, se movimenta facilmente, com antenas curtas e delgadas. Coloração verde ou castanho. Fêmea mede em torno de 5 cm de comprimento. Ele tem olhos muito desenvolvidos e por isso, enxerga muito bem, o que ajuda quando precisa caçar para se alimentar. Suas patas dianteiras são usadas para caçar. O louva-a-deus fica parado nas plantas esperando. Quando um outro inseto chega perto, ele rapidamente pega este mosquito ou borboleta com suas patas. Tem este nome justamente porque enquanto espera outro inseto fica com as patas paradas como se estivesse rezando. As patas traseiras (pernas) são muito fortes e usadas para andar, pular e ajudar quando vão voar. Nas plantações, ajuda a combater os insetos que destroem as plantas.
Habitat – matas e áreas de muita vegetação
Ocorrência – em todo o Brasil
Hábitos – conseguem se confundir com as plantas por causa de sua cor e por ficarem imóveis por longos períodos de tempo. Isso é importante para que não sejam comidos por outros animais, como pássaros e morcegos.
Alimentação – carnívoro, se alimentando de outros insetos como mosquitos, pequenos répteis, pequenos mamíferos, peixes, etc.
Predadores naturais – aves, pássaros, primatas e morcegos
Ameaças – destruição do habitat
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