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Flora – Guapuruvu

Guapuruvu (Schizolobium parahyba)

O guapuruvu (Schizolobium parahyba) é uma árvore da família das fabáceas, notável pela sua velocidade de crescimento que pode atingir 3,0 m por ano. É a árvore símbolo de Florianópolis, capital de Santa Catarina, e utilizada na construção de canoas artesanais em boa parte do litoral brasileiro.

Copa do guapuruvu jovem vista por baixo

GUAPURUVU (Schizolobium parahyba)

Guapuruvu (Schizolobium parahyba)

Ocorrência – do sul da Bahia até o Rio Grande do Sul.
Outros nomes – ficheira, tento, guapurubu, bacurubu, guapiruvu, garapivu, guarapuvu, pataqueira, pau de vintém, bacuruva, birosca, bandarra, faveira.
Características – árvore decídua de 10 a 30 m de altura. Tronco sem ramificação, coroa de folhas no ápice, casca lisa, acinzentada, com cicatrizes da queda das folhas, sendo que quando jovem a casca é verde e lisa; o ápice dos ramos têm pêlos glândulosos (pegajosos). Emite ramificações e grande altura para formar a copa, o que lhe confere um porte majestoso. A copa densa, com galhos regulares, forma uma abóboda perfeita. Folhas alternas, compostas bipinadas, com até 1 m de comprimento; folíolos opostos, elípticos, com estípulas que caem com o tempo. Flores amarelas, pilosas, em inflorescências densas. Fruto tipo legume, obovado, coriáceo, pardo-escuro, de 10 a 15 cm de comprimento, com uma semente, forma elíptica, brilhante e muito dura, protegida por endocarpo papiráceo.

Folha
Tronco e casca

Perde totalmente suas folhas no inverno e cobre-se de flores amarelas na primavera. Só após a florada é que inicia a brotação de novas folhas. Sementes ovaladas com 10 cm de comprimento, com invólucro alado, facil de se retirar, porém extremamente dura. Outra característica é ser uma árvore de duração conhecida. Sua morte ocorre após cerca de 40 a 50 anos. Antes disto, é muito comum a queda de galhos, porque sua madeira é muito fraca. A dispersão de seus frutos e sementes ocorre pelo vento e, principalmente, pela gravidade. Um Kg de sementes contém aproximadamente 500 unidades.
Habitat – formações florestais do complexo atlântico e nas florestas estacionais semideciduais, capoeiras e roçados, raramente ocorre em áreas sujeiras a inundações.
Propagação – sementes. 
Madeira – branco-amarelada, com tonalidade róseo-pálida, lisa, leve, macia e de baixa densidade e durabilidade.
Utilidade – madeira usada para confecção de papeis, portas, compensados, embalagens leves, forros, palitos, canoas, brinquedos, etc. Indicada para plantios em áres degradadas devido ao seu rápido crescimento. A espécie é muito ornamental mas, pela quebra fácil da madeira, não é própria para arborização de parques e jardins com grande circulação de pessoas e veículos, nem próxima de benfeitorias.

Guapuruvus na mata litorânea
Madeira
Pescador confeccionando uma canoa de guapuruvu - Foto: Celia Santos

Assista ao vídeo “Da floresta para as águas da Baía de Guaratuba” da UFPR, elaborado por Beatriz Leite Ferreira Cabral e Marília Hermes Flores

A copa produz uma sombra muito leve, o que permite o plantio da espécie em gramados ou próxima a canteiros sem prejudicar a insolação sobre as outras plantas. Indicada para plantios em áreas degradadas em razão do seu rápido crescimento e restauração de mata ciliar em locais livres de inundação. A casca do tronco tem propriedade terapêutica adstringente, sendo usada na medicina popular. Também pelo fato de possuir muito tanino, é bastante utilizado em curtumes. Suas flores fornecem pólen e néctar, com 29% de açúcar e mel fluído e perfumado. Seus galhos são preferidos para a nidificação do pássaro joão-de-barro.
Florescimento – agosto a dezembro.
Frutificação – março a junho.

Floração
Frutos
Sementes
Detalhes da semente

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