De beleza ímpar, a padronagem da casca acompanha até os mais finos ramos e chama a atenção de quem gosta de verde
A árvore pertence à família Mimosaceae, da espécie Piptadenia gonoacantha. O nome se deve à caducidade das folhas (do grego piptein que significa “cair”, e aden, “abundantemente”). Já o termo, gonoacantha (gonia – ângulo e acanha – acúleo), se refere aos acúleos sobre as arestas da casca.
Foi muito usada para lenha e compunha as árvores preferidas pelos lenheiros que dependiam desse combustível para quase tudo. O seu plantio na arborização urbana e paisagismo é quase inexistente, embora possa ser usada em parques e áreas abertas, apresentado uma copa rala de folhas parecidas com a sibipiruna. O único senão é com relação a sua madeira frágil, que pode levar a queda de galhos em tempestades.
PAU JACARÉ (Piptadenia gonoacantha)
Ocorrência – Rio de Janeiro, Minas Gerais Mato Grosso do Sul até Santa Catarina.
Outros nomes – jacaré, angico branco, monjoleiro, monjolo, icarapé, casco de jacaré.
Características – espécie semidecídua com 8 a 20 m de altura. Tronco muito característico, suberoso, com placas quadrangulares, lembrando assim as costas de um jacaré, com 30 a 40 cm de diâmetro, ramos novos com cristas bem demarcadas, com acúleos. Folhas alternas, compostas bipinadas, com 30 a 50 pares de folíolos, pilosos. Flores numerosas, em inflorescência especiformes terminais, estames numerosos e aparentes, de branco a creme, nectário extrafolral na base do pecíolo. Fruto legume, membranáceo e achatado. Um Kg de sementes contém aproximadamente 18.000 unidades.
Habitat – floresta pluvial atlântica e florestas estacionais semideciduais
Propagação – sementes
Madeira – moderadamente pesada, dura ao corte e de média resistência ao ataque de pragas.
Utilidade – madeira usada para acabamentos internos, armação de movéis, miolos de portas e painéis, confecção de brinquedos, embalagens e principalmente para lenha e carvão, sendo considerada uma das melhores para produção de calor. Na época de floração é muito procurada por abelhas, além de ser utilizada na recuperação de áreas degradadas.
Florescimento – outubro a janeiro
Frutificação – setembro a outubro
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