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Forrageira de alta produtividade é aposta para integração lavoura-pecuária

A nova cultivar apresenta maior habilidade competitiva durante o estabelecimento da pastagem - Foto: Daniel Montardo

Uma nova cultivar de ervilhaca (Vicia sativa), a URS BRS Presilha, chega ao mercado com potencial para transformar os sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) no Brasil. Desenvolvida em parceria pela Embrapa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Associação Sul-brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageira (Sulpasto), a leguminosa se destaca pela alta produtividade, resistência e benefícios ao solo, com grande potencial para compor sistemas de integração Lavoura-Pecuária (ILP), tanto em pastejo, quanto na cobertura do solo.

A nova cultivar foi lançada na Expodireto Cotrijal 2025, em Não-Me-Toque, RS. A URS BRS Presilha é uma leguminosa anual de clima temperado, o que a torna uma opção estratégica para rotação de culturas em sistemas integrados, em contraponto à maioria dos trevos, cornichão e alfafa, que são perenes. Ela foi desenvolvida para superar desafios enfrentados pelos produtores que relutavam em investir em espécies perenes, devido à necessidade de rotação anual das pastagens com culturas agrícolas.

As sementes da ervilhaca URS BRS Presilha
As sementes da ervilhaca URS BRS Presilha
A cultivar URS BRS Presilha se encaixa em diferentes sistemas de produção, como cobertura verde e em consorciação com outras forrageiras - Foto: Daniel Montardo
A cultivar URS BRS Presilha se encaixa em diferentes sistemas de produção,
como cobertura verde e em consorciação com outras forrageiras
Foto: Daniel Montardo

De acordo com a Embrapa, a nova forrageira se destaca por sua capacidade de adaptação a diferentes condições de cultivo. Com sementes maiores que outras leguminosas forrageiras de clima temperado, a ervilhaca facilita a implantação e distribuição das sementes, podendo ser semeada diretamente em áreas de pastagens perenes, como tifton e braquiárias. A URS BRS Presilha pode ser utilizada tanto em pastagens de inverno quanto em rotação com culturas agrícolas. Também apresenta alto rendimento quando consorciada com aveia e azevém, além de ser uma excelente opção para cobertura verde do solo. Pode ainda ser introduzida no campo nativo para incrementar a produção durante o inverno e a primavera. Isso significa que mostra bom desempenho em sistemas produtivos baseados em pastagens de verão e de inverno.

A nova cultivar tem capacidade de fixar nitrogênio atmosférico no solo, a partir da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium - Foto: Daniel Montardo/Embrapa
A nova cultivar tem capacidade de fixar nitrogênio
atmosférico no solo, a partir da simbiose com
bactérias do gênero Rhizobium
Foto: Daniel Montardo/Embrapa

Além disso, a leguminosa pode ser incorporada em áreas de fruticultura, protegendo o solo com sua palhada resistente e promovendo a fixação de nitrogênio, essencial para a melhoria da fertilidade. A sustentabilidade da URS BRS Presilha é um dos seus principais diferenciais. A planta possui alta capacidade de fixação de nitrogênio atmosférico, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos e promovendo um solo mais saudável. Sua resistência a déficits hídricos também contribui para o cultivo em diferentes condições climáticas.

Segundo os pesquisadores, outro benefício é a redução do risco de timpanismo (excesso de gases no sistema digestivo dos animais), comum em algumas leguminosas forrageiras. Esse fator aumenta a segurança da alimentação do gado e melhora o desempenho na pecuária. A nova cultivar oferece maior produtividade, qualidade nutricional e adaptação às condições da região sul, havendo um grande espaço para a ervilhaca no mercado, e a Presilha chega com diferenciais que garantem mais qualidade e melhor desempenho no

campo. A introdução da URS BRS Presilha representa um avanço para o setor e o lançamento de uma nova variedade atende a uma demanda real dos produtores, oferecendo benefícios ambientais, nutricionais e produtivos.

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