Segundo o IBAMA, quem queimou a propriedade, não conseguirá financiamento agrícola e a área será embargada. As autoridades apelam aos habitantes locais, que cessem a prática de iniciar incêndios
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o governo do Amazonas estão trabalhando em uma medida administrativa para combater os incêndios florestais na região. A proposta, que ainda está em desenvolvimento, prevê a suspensão do registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para propriedades onde tenham sido identificados focos de calor e incêndios sem autorização.
Segundo o ministério, a medida é necessária para coibir a prática de queimadas ilegais, que têm causado grandes danos ambientais no Amazonas. Atualmente, mais de 2.700 focos de calor estão ativos no estado, de acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A maior parte dos focos está concentrada na região sul do Amazonas, onde há uma estiagem severa.
A proposta do MMA e do governo do Amazonas ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O governo federal anunciou o envio de um contingente adicional de 149 brigadistas para combater os incêndios na região do Amazonas. Com isso, o número total de efetivos no estado aumentará para 289. Para o ministério, as queimadas na floresta são agravadas por atividades ilegais e as mudanças climáticas. Não há incêndios naturais na Amazônia. O fogo é provocado intencionalmente por criminosos ou resulta da transformação da cobertura vegetal para usos específicos. Se o desmatamento continuasse no mesmo ritmo do ano anterior, o país estaria enfrentando uma situação catastrófica.
O ministério apela aos habitantes locais, que cessem a prática de iniciar incêndios, pois a atuação dos brigadistas, do Corpo de Bombeiros e de todo o contingente depende, em grande medida, da cooperação da população.
O IBAMA declarou que há pessoas que estão aproveitando que está tudo seco e limpando seu terreno, limpando seu quintal, limpando área grilada, desmatamento antigo. Segundo o órgão, queimou a propriedade, não vai mais conseguir financiamento agrícola e a área será embargada.