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Greening, principal doença da citricultura mundial, pode ser controlado por bioinseticida

Laranjeira com frutos

O avanço de tecnologias de controle biológico na cultura de citros possibilita que este controle seja feito de forma intercalada ou consorciada com outros manejos

O citricultor não pode dispensar as aplicações para controle do psilídeo (Diaphorina citri), inseto vetor das bactérias causadoras do greening. Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), ano passado, 19% das árvores do cinturão citrícola brasileiro foram contaminadas.

Além do manejo químico, o psílideo também pode ser controlado por inimigos naturais, com destaque para o fungo Isaria fumosorosea, que parasita e mata o inseto.

Eficácia comprovada

Com base nesse fungo, foi desenvolvido, em parceria da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), do Fundecitrus e da Koppert, o primeiro bioinseticida para controle do vetor no Brasil. O produto foi lançado em 2018 e tem o nome comercial de Challenger. O bioinseticida, além de ter sua eficácia comprovada, não necessita de carência, tem compatibilidade com acaricidas e inseticidas e reduz o risco de seleção dos psilídeos resistentes aos químicos.

Em ensaios realizados, após o décimo dia de aplicação do inovador bioinseticida, nas condições ideais de umidade e temperatura, 80% dos psilídeos morreram.

Os defensivos microbianos representados pelos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana, Isaria fumosorosea e Metarhizium anisopliae são os mais utilizados pelos produtores brasileiros. A Isaria, além do psilídeo, também controla outras pragas como o ácaro da leprose dos citros.

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