Material que expõe os riscos causados por javalis em diversos âmbitos e que implicam em prejuízos econômicos, ambientais e sanitários, pode ser baixado gratuitamente
O Sistema FAEP/SENAR-PR lançou uma cartilha no site da entidade, com caráter de orientação e que contempla desde o histórico do animal selvagem no Brasil até as normas para o controle populacional por meio da caça.
Conforme o mapeamento mais recente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os javalis (Sus scrofa) estão presentes em pelo menos 88 municípios do Paraná.
Uma praga para o agro
Além de ser uma ameaça ao status sanitário por ser transmissor de doenças virais como Peste Suína Africana (PSA) e Peste Suína Clássica (PSC), no ano passado, os javalis causaram grandes prejuízos para produtores, devastando lavouras e atacando rebanhos.
A cartilha apresenta os riscos e traz uma série de orientações aos produtores e ao público em geral. Nela, o produtor rural vai aprender a diferenciar os javalis e os javaporcos (cruzamento de porcos domésticos com javalis), ambos animais exóticos, de catetos e queixadas, que são nativos.
O material também lista todas as legislações relacionadas ao controle desses animais – única espécie cuja caça é permitida, desde que seguindo a requisitos estabelecidos em lei e com autorização do Ibama, órgão responsável pelas políticas de controle. A caça de controle é recomendada em todos os países afetados pelo animal.
Histórico
A cartilha também faz um resgate do histórico da presença do javali na América do Sul. Introduzido no continente pela Argentina e Uruguai ao longo do século XX para fins de criação, os animais foram trazidos ao Brasil. No Paraná, os bichos começaram a ser criados no município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Posteriormente, na década de 1960, os javalis e javaporcos foram levados a Palmeira, nos Campos Gerais, de onde fugiram e/ou foram soltos, dando origem à superpopulação que, hoje, está disseminada pelo Estado.
Os javalis são da família Suidae, com características físicas que variam por região por causa dos inúmeros tipos de cruzamentos. Em geral, os machos pesam entre 50 e 250 quilos e medem entre 1,40 e 1,80 m, embora tenham havido registros de espécimes em dimensões ainda maiores.